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Oferta de energia renovável no país cresce em 2009

A demanda nacional de energia no país totalizou 243,9 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep) no ano de 2009, caindo 3,4% em relação a 2008. Entre as fontes de energia primária, os destaques da matriz energética brasileira no ano passado foram as renováveis, em especial a energia

Redação
29/04/2010 15:47
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A demanda nacional de energia no país totalizou 243,9 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep) no ano de 2009, caindo 3,4% em relação a 2008. Entre as fontes de energia primária, os destaques da matriz energética brasileira no ano passado foram as renováveis, em especial a energia hidráulica – aproveitando um ano hidrologicamente favorável. O aumento da geração hidráulica possibilitou que as térmicas que usam carvão, óleo combustível e gás natural funcionassem significativamente menos do que no ano anterior.
 

De acordo com os dados preliminares do Balanço Energético Nacional – BEN, documento produzido pela Empresa de Pesquisa Energética – EPE, a oferta de energia não renovável no país sofreu redução de quase 6% entre 2008 e 2009, índice 10 vezes maior que a de fontes renováveis, que teve queda de 0,6% na oferta. A fonte cuja participação registrou maior retração na comparação dos dois últimos anos foi o carvão mineral (-19,4%), muito em função da queda da atividade do setor siderúrgico – fortemente afetado pela crise econômica do ano passado.

 
Uma das razões para o alto percentual de renováveis é significativa redução da geração termelétrica. Além disto, a retração da atividade industrial em setores como siderurgia e pelotização foi determinante para o menor consumo de alguns energéticos, como o gás natural e o carvão metalúrgico.

 
Queda nas emissões de CO2

 
As emissões de CO2 relacionadas ao consumo de energia têm apresentado uma tendência decrescente ao longo desta década. Em 2009, o indicador que mede a razão entre emissões geradas e energia consumida no país foi de 1,43 tonelada de CO2 por tep (tCO2/tep), contra 1,48 tCO2/tep registrados em 2008.

 
Essa queda decorre da maior participação das fontes renováveis de energia na matriz nacional. Destaque-se que a média mundial de emissões decorrentes da produção e do uso da energia é de 2,39 tCO2/tep e nos países membros da OCDE é de 2,37 tCO2/tep (dados de 2007).

 
Menor geração termelétrica
 
A demanda total de eletricidade cresceu 0,6% em 2009, atingindo 509,5 terawatthora (TWh). Um dos destaques foi a forte redução de 30,6% na eletricidade de origem não renovável, caindo para 47,8 TWh. A geração a gás natural apresentou a maior queda (-53,7%) seguida dos derivados de petróleo (-17,1%).

 
Por outro lado, houve crescimento da eletricidade de origem hidráulica, que chegou a 433,1 TWh (incluindo o montante importado de Itaipu Binacional), representando aumento de 4,8% em relação ao ano de 2008. A participação de renováveis na produção de energia elétrica no Brasil superou 90%, sendo 85% de
origem hidráulica.
 
Ainda na parte renovável, duas das principais fontes alternativas mantiveram a tendência – já apresentada nas últimas edições do BEN – de aumento de participação na matriz elétrica: a presença da biomassa saltou 17,6%, enquanto a energia eólica cresceu 5,1%.

 
Consolida-se a autossuficiência em petróleo

 
Pelo quarto ano consecutivo, o balanço físico da conta petróleo (em quantidade) foi positivo, garantindo a autossuficiência brasileira em 2009. O balanço de petróleo se mostra mais uma vez favorável às exportações (mais de 500 mil barris por dia), que cresceram 21,3% em relação a 2008, enquanto as importações reduziram 1,6%. As exportações líquidas encerraram 2009 com um saldo de 151 mil barris por dia em média.

 
A produção aumentou expressivos 7,3% em 2009, colocando o Brasil entre os 15 maiores produtores mundiais, com uma média diária de cerca de 2 milhões de barris por dia. Atualmente a demanda nacional nas refinarias é de quase 1,8 milhão de barris por dia.

 
Maior consumo de eletricidade nas residências e de etanol nos automóveis
 
A maior demanda no uso da energia elétrica nas residências no consumo de etanol utilizado majoritariamente na frota de automóveis de passeio, combinado com o aumento da venda de eletrodomésticos e de veículos, evidenciam efeitos do aumento da renda das famílias nos últimos anos. Esse aumento de renda tem efeitos cumulativos que se refletem ainda no aumento do consumo de energia.

 
Apesar da crise, o consumo de eletricidade nas residências aumentou 5,3% em 2009, chegando a 8,7 TWh. O consumo per capita mensal subiu de 42 para 43,8 quilowatt-hora (kWh) por habitante, o que representa uma alta de 4,3%.

 
Já o consumo de etanol carburante subiu 7,1%, atingindo 22,8 bilhões de litros. Mesmo o consumo de gasolina cresceu 0,9%. Todos os demais combustíveis utilizados no setor transportes, em especial o óleo diesel, decresceram em 2009.
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