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Odebrecht planeja dobrar carteira de concessões na AL

Projetos também englobam dutos e portos.

Valor Econômico
20/02/2014 20:59
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Criado há cerca de dois anos apenas, o braço do grupo Odebrecht voltado para concessões de infraestrutura na América Latina já atingiu um faturamento de R$ 1,1 bilhão, mas quer muito mais. A Odebrecht Latinvest, focada em logística, tem como meta para os próximos anos dobrar sua carteira de investimentos para US$ 12 bilhões e atrair um novo sócio.
Hoje, os seis ativos em carteira somam US$ 6 bilhões em investimentos totais. Desse montante, cerca de US$ 4 bilhões já foram executados - a cifra virá tanto do caixa do próprio do grupo como de capital oriundo de financiamentos e de eventuais parceiros nos projetos conquistados.
Segundo Jorge Barata, diretor presidente da Odebrecht Latinvest, os US$ 2 bilhões restantes serão aportados basicamente em um ativo recém-conquistado, o Rutas de Lima. O projeto se refere a 115 quilômetros de vias urbanas que dão acesso à capital peruana. Estão sendo negociados, nesse caso, financiamentos com um sindicato de bancos que inclui o Goldman Sachs e títulos de dívida no mercado peruano.
A chegada de um novo sócio na Latinvest pode ocorrer em 2016, estima Barata. A capitalização segue a estratégia do grupo de trazer parceiros para suas empresas recém-criadas. O último movimento desse tipo foi da Odebrecht TransPort, que teve 10,61% de participação adquirida em dezembro pela BNDES Participações (BNDESPar) por R$ 1 bilhão. A empresa já tinha outro sócio institucional, o FI-FGTS, que aportou R$ 428,5 milhões para manter a participação de 30% na companhia.
Ele descarta a ideia de que o ambiente na América Latina é difícil para negócios, um receio comum entre os investidores de fora da região. "Entendemos que é preciso conhecer o mercado. Nós, por exemplo, temos mais tempo no Peru que a maioria das empresas desse país", afirma Barata, ao acrescentar que esse conhecimento torna os negócios mais fáceis para companhia. "O desconhecido é sempre mais difícil".
A Odebrecht busca aumentar o portfólio basicamente com projetos de transporte rodoviário e dutos, mas também em projetos ferroviários, fluviais, portuários, aéreos e urbanos. Para Barata, Peru, Colômbia, México e Chile serão os países prioritários para a expansão da companhia - mas outros não são descartados.
A Latinvest só não pode atuar em dois países da região. Um deles é o próprio Brasil - onde sua irmã Odebrecht TransPort é quem participa dos projetos do setor, como o aeroporto do Galeão (cuja concessão será assinada em breve). Outro território fora da alçada da companhia é a Venezuela, onde o grupo decidiu seguir atuando por meio da subsidiária Odebrecht Venezuela.
"Pelas informações que chegam, a sensação é que no Brasil há poucas alternativas que oferecem crédito de longo prazo", afirma. No Peru é mais livre, com mais bancos interessados. "Mas, ao mesmo tempo, tem menos negócios", avalia o executivo.
Por enquanto, a Latinvest continua administrando seus ativos atuais. São cinco rodovias e o Projeto Kuntur, um duto para transporte de gás natural de 1,1 mil quilômetros no sul do Peru. O projeto vem sendo acompanhado de perto por outra controlada da Odebrecht, a petroquímica Braskem, que estuda a viabilidade de fábricas abastecidas por etano para produção de polietilenos no futuro complexo industrial do país a ser abastecido pelo duto. A ideia do governo é que o complexo seja abastecido também por outro gasoduto, com investimentos estimados em US$ 2,5 bilhões e que também deve receber uma proposta da Odebrecht neste ano.

Criado há cerca de dois anos apenas, o braço do grupo Odebrecht voltado para concessões de infraestrutura na América Latina já atingiu um faturamento de R$ 1,1 bilhão, mas quer muito mais. A Odebrecht Latinvest, focada em logística, tem como meta para os próximos anos dobrar sua carteira de investimentos para US$ 12 bilhões e atrair um novo sócio.

Hoje, os seis ativos em carteira somam US$ 6 bilhões em investimentos totais. Desse montante, cerca de US$ 4 bilhões já foram executados - a cifra virá tanto do caixa do próprio do grupo como de capital oriundo de financiamentos e de eventuais parceiros nos projetos conquistados.

Segundo Jorge Barata, diretor presidente da Odebrecht Latinvest, os US$ 2 bilhões restantes serão aportados basicamente em um ativo recém-conquistado, o Rutas de Lima. O projeto se refere a 115 quilômetros de vias urbanas que dão acesso à capital peruana. Estão sendo negociados, nesse caso, financiamentos com um sindicato de bancos que inclui o Goldman Sachs e títulos de dívida no mercado peruano.

A chegada de um novo sócio na Latinvest pode ocorrer em 2016, estima Barata. A capitalização segue a estratégia do grupo de trazer parceiros para suas empresas recém-criadas. O último movimento desse tipo foi da Odebrecht TransPort, que teve 10,61% de participação adquirida em dezembro pela BNDES Participações (BNDESPar) por R$ 1 bilhão. A empresa já tinha outro sócio institucional, o FI-FGTS, que aportou R$ 428,5 milhões para manter a participação de 30% na companhia.

Ele descarta a ideia de que o ambiente na América Latina é difícil para negócios, um receio comum entre os investidores de fora da região. "Entendemos que é preciso conhecer o mercado. Nós, por exemplo, temos mais tempo no Peru que a maioria das empresas desse país", afirma Barata, ao acrescentar que esse conhecimento torna os negócios mais fáceis para companhia. "O desconhecido é sempre mais difícil".

A Odebrecht busca aumentar o portfólio basicamente com projetos de transporte rodoviário e dutos, mas também em projetos ferroviários, fluviais, portuários, aéreos e urbanos. Para Barata, Peru, Colômbia, México e Chile serão os países prioritários para a expansão da companhia - mas outros não são descartados.

A Latinvest só não pode atuar em dois países da região. Um deles é o próprio Brasil - onde sua irmã Odebrecht TransPort é quem participa dos projetos do setor, como o aeroporto do Galeão (cuja concessão será assinada em breve). Outro território fora da alçada da companhia é a Venezuela, onde o grupo decidiu seguir atuando por meio da subsidiária Odebrecht Venezuela.

"Pelas informações que chegam, a sensação é que no Brasil há poucas alternativas que oferecem crédito de longo prazo", afirma. No Peru é mais livre, com mais bancos interessados. "Mas, ao mesmo tempo, tem menos negócios", avalia o executivo.

Por enquanto, a Latinvest continua administrando seus ativos atuais. São cinco rodovias e o Projeto Kuntur, um duto para transporte de gás natural de 1,1 mil quilômetros no sul do Peru. O projeto vem sendo acompanhado de perto por outra controlada da Odebrecht, a petroquímica Braskem, que estuda a viabilidade de fábricas abastecidas por etano para produção de polietilenos no futuro complexo industrial do país a ser abastecido pelo duto. A ideia do governo é que o complexo seja abastecido também por outro gasoduto, com investimentos estimados em US$ 2,5 bilhões e que também deve receber uma proposta da Odebrecht neste ano.

 

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