Relatório Statoil

O mix global de energia para 2040 será determinado pelas políticas climáticas e a geopolítica

Assessoria/Redação
09/06/2016 13:04
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O Acordo de Paris sobre mudanças climáticas pode ser completado com êxito, mas isso exige novas medidas e mudanças muito mais rápidas do que temos visto até agora. Até 2040, o mundo vai precisar de uma grande quantidade de energia renovável. Investimentos consideráveis em nova produção de petróleo e gás também são necessários para substituir a queda da produção dos campos existentes.

Isso é esboçado no relatório "Energy Perspectives que foi lançado hoje pela Statoil.

"A fim de alcançar os objetivos do Acordo de Paris, precisamos de mudanças rápidas no setor de energia elétrica e no de transportes, além de uma forte melhoria da eficiência energética em todos os setores", diz o economista-chefe da Statoil Eirik Wærness.

"Mesmo com um rápido aumento em novas formas de energia renovável, estima-se que a demanda de petróleo e gás em 2040 seja ligeiramente inferior ao nível de hoje. Para compensar a queda na produção global dos campos existentes, investimentos consideráveis em novos volumes de produção de petróleo e gás serão necessários, o que corresponderá de 15 a 30 vezes a produção total atual na plataforma continental norueguesa", diz Wærness.

O relatório anual da Statoil "Energy Perspectives" descreve como se desenvolvem a economia mundial, os mercados internacionais de energia e as emissões de gases de efeito estufa oriundas do setor de energia, com base em três cenários diferentes: Reforma, Renovação e Rivalidade.

O relatório foi preparado por uma equipe de analistas da Statoil nos campos da macroeconomia, dos mercados de energia, das políticas climáticas e da geopolítica. O documento é baseado em modelos e estruturas que a empresa utiliza em conexão com análises de longo prazo dos mercados de energia.

Três cenários

"O futuro é incerto e, consequentemente, assim como no ano passado, temos preparado três diferentes cenários para o desenvolvimento até 2040," diz Wærness.

O cenário de Reforma no relatório deste ano baseia-se nos objetivos climáticos nacionais do Acordo de Paris (COP21), com novas medidas restritivas nas políticas energéticas e climáticas ao longo do tempo. A meta de redução de 2 graus não será alcançada neste cenário.

O cenário que descreve metas mais ambiciosas de energia e clima é o de Renovação, que assume que nove em cada 10 novos veículos particulares vendidos em 2040 serão carros híbridos ou elétricos. Este cenário também pressupõe uma transformação no setor de energia elétrica, onde o sol e o vento serão responsáveis por cerca de 40% da geração mundial de eletricidade em 2040, em comparação com os atuais 5%. Neste cenário, a demanda por petróleo e gás será um pouco menor do que o nível atual.

"Isso vai exigir um esforço radical e coordenado e uma transformação do setor dos transportes e eletricidade, impulsionada pelos esforços de eficiência, desenvolvimento de tecnologia, mercados, comportamento do consumidor e, não menos importante, política. Pode haver motivos para questionar se os investimentos em petróleo, gás e energia renovável nos próximos anos serão suficientes para atender a demanda”, diz Wærness.

"As mudanças drásticas no sistema de energia que estamos prevendo serão introduzidas gradualmente - mas isso deve ser feito muito mais rápido do que temos visto", diz ele.

O Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima está atualmente avaliando as implicações dos compromissos assumidos no Acordo de Paris para prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5º. Seu relatório é esperado em 2018 e, com base nestas implicações adicionais também para o setor de energia, poderá ser analisado mais para a frente.

O terceiro cenário, Rivalidade, é mais impactado pelo conflito geopolítico e por maiores diferenças no desenvolvimento regional, tanto no que diz respeito ao desenvolvimento econômico quanto à transformação dos sistemas de energia.

Independentemente do cenário, a análise revela a necessidade de grandes investimentos no setor de energia como um todo - tanto em petróleo, gás, energias renováveis, infraestrutura e armazenamento de energia até 2040.

Grandes mudanças na oferta e no consumo de energia

A Statoil publica o seu relatório "Energy Perspectives" anualmente desde 2011. É um dos diversos relatórios analíticos que formam a base para avaliações estratégicas e comerciais da empresa.

"O acordo climático de Paris é um importante ponto de partida para mudanças necessárias, mas não é suficiente, de acordo com o relatório ‘Energy Perspectives’ de 2016. A Statoil será uma força motriz para a introdução de medidas mais fortes e mudanças mais rápidas, que são vitais para que sejamos capazes de produzir a energia que o mundo precisa de uma forma sustentável. As emissões devem ser reduzidas, enquanto, ao mesmo tempo, a energia deve ser fornecida para uma população em crescimento, onde um número cada vez maior de pessoas estão encontrando seu caminho para sair da pobreza", diz o presidente e CEO Eldar Sætre.

"A Statoil está bem posicionada para ser uma fornecedora de energia importante também em uma sociedade de baixo carbono. Nossa produção de petróleo e gás tem o menor nível de emissão no mundo, e estamos elevando nossas ambições para manter nossa posição de liderança. Também estamos gradualmente desenvolvendo um negócio rentável em energia renovável e outras soluções para baixo carbono", diz Sætre.

Contexto

O relatório "Energy Perspectives" é publicado anualmente pela Statoil. O relatório é preparado independentemente das decisões estratégicas e comerciais da empresa. Destina-se a fornecer uma avaliação analítica da evolução econômica e perspectivas de longo prazo no mercado internacional de energia. O relatório é baseado em modelos e estruturas que a empresa utiliza em conexão com análises de longo prazo dos mercados de energia.

O relatório tem o objetivo de promover um maior entendimento de incerteza a longo prazo e de como diferentes forças podem influenciar essa incerteza. O "Energy Perspectives" se tornou uma referência importante nas negociações internacionais da empresa sobre questões de energia e alterações climáticas. A cada ano, a equipe por trás do relatório é convidada para reuniões e conferências internacionais para apresentar suas perspectivas.

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