Termelétricas

Novas tecnologias e mais pontos receptores de GNL

A Petrobras estuda tecnologias para o uso de etanol, coque de petróleo e GLP em termelétricas, como insumos alternativos ao gás natural. Por outro lado, empresa estuda ampliar no número de pontos de recepção de GNL na costa brasileira.


03/05/2007 03:00
Visualizações: 178

A Petrobras estuda novas tecnologias para o abastecimento de termelétricas. Os estudos incluem o uso de etanol,  coque de petróleo e GLP como insumos alternativos ao gás natural. Por outro lado, a empresa estuda ampliar a estruturação logística para a importação de gás natural liquefeito (GNL).

Segundo o gerente de operações e participações em Energia da Petrobras, Fernando José Cunha, o objetivo é garantir a estabilidade e ampliar o lastro atual das térmicas. "Não se pode pensar em estabilidade do sistema elétrico hoje sem considerar a geração termelétrica", comentou o executivo em uma palestra na Câmara Britânica de Comércio no Rio (Britcham), realizada nesta quinta-feira (03/05).

No que se refere a novas tecnologias, o projeto mais avançado é o da termelétrica de Barbosa Lima Sobrinho, em Seropédica (RJ), a antiga Eletrobolt. Em agosto iniciam-se os testes para o uso do etanol na unidade.

Cunha admite, entretanto, que o custo do uso do etanol é significativamente maior do que o do gás natural: entre 20% a 30% apenas no que se refere ao custo de geração e até mais de 50% considerando-se também os custos logísticos envolvidos no abastecimento do etanol para as unidades. "A energia mais cara é aquela que falta", justifica.

Na rota de novas tecnologias, o executivo defende o uso de coque de petróleo, uma vez que a estrutura de refino no Brasil, com a tendência a processar mais petróleo pesado, resulta também em maior volume de coque, que poderá ser usado nas termelétricas.

O executivo informa que a perspectiva da companhia é de que a produção do resíduo dobre até 2010. Hoje, a produção do Brasil é de 1 milhão de toneladas de coque por ano.

Além de alterar ampliar as capacidades tecnológicas das térmicas, a Petrobras ainda mantém investimentos para a importação de GNL. Recentemente, a empresa assinou dois contratos de arrendamento para dois navios regaseificadores, que serão ancorados na Baía de Guanabara (RJ) e no porto de Pecém (CE) e negocia com vários países o fornecimento de gás natural.

A Petrobras estuda ainda a possibilidade de estruturar a instalação de quatro novos pontos de recepção de GNL na costa brasileira, além de um ponto no Uruguai. No Brasil o GNL poderá vir a ser importado também pelos portos de São Luiz (MA), Suape (PE), Aratu (MA) e São Francisco (SC).

Embora considere as medidas adequadas para garantir o abastecimento de gás natural para a geração elétrica no Brasil, o executivo alerta para a possibilidade risco de problemas nas turbinas em função da mudança de composição do gás natural, dependendo do país de origem.

Cunha explica que esta é uma preocupação recorrente nos Estados Unidos, grandes consumidores de GNL importado. O problema, segundo explica, é a diferença de concentração do metano nos gases naturais provenientes de diferentes países. "As turbinas termelétricas de hoje não suportam grandes variações", comenta.

Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

20