Latin Upstream

Nona Rodada vai atrair muitos investidores, diz especialista.

O professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Edmar de Almeida, afirma que a razoabilidade das taxas cobradas no Brasil sobre E&P e o fato de o gás ter se tornado um bom negócio são fatores de atratividade para a Nona Rodada.


18/04/2007 03:00
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A Nona Rodada vai atrair muitos investidores, acredita o analista do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Edmar de Almeida, que participou da conferência Latin Upstream, nesta terça-feira (17/04), no Rio de Janeiro.

Segundo o professor, a atratividade da Rodada está fundamentada em dois aspectos. Por um lado, as taxas cobradas no Brasil sobre a exploração e produção são mais interessantes do que as dos países vizinhos; por outro, o gás natural, que deverá ser o foco da próxima Rodada, passou a ser um negócio interessante.

Almeida avalia que o custo de produção de gás está em torno de US$ 1 por milhão de BTU e o preço de venda no citygate tende a aumentar em função da escassez de gás e da obrigatoriedade de implantação de alternativas mais caras como e o caso da importação de gás natural liqüefeito (GNL) pela Petrobras.

"Com o GNL e as compras da Bolívia, a Petrobras não poderá mais oferecer gás barato, o que abre uma janela de oportunidades para outras empresas exploradoras. Pode, inclusive, ser um bom negócio para estas empresas construir plantas de geração e oferecer energia elétrica a partir do gás", diz.

Com este mecanismo, tanto o gás natural oferecido por outros participantes do mercado poderia ser mais competitivo, quanto a energia elétrica oferecida por eles.

Além disso, as condições no Brasil são favoráveis, uma vez que Argentina, Bolívia e Venezuela aumentaram suas taxas de government take, enquanto o Brasil não revisou estes impostos.

O analista e também professor da UFRJ explica que esse aumento de taxas é uma tendência natural da indústria petrolífera sempre que o preço do petróleo sobe. "Os preços altos geram uma renda petrolífera muito elevada e os governos querem participar mais desses rendimentes", explica. Segundo ele, tal política jamais foi adotada no Brasil porque aqui a empresa que mais se beneficia dessas rendas petrolíferas é a Petrobras e seria muito antipática uma política na qual a empresa estatal fosse prejudicada.

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