O Globo
Militantes do Movimento pela Emancipação do Delta do Níger, na Nigéria, ameaçaram neste domingo (05/03) cortar à metade a produção de petróleo do país, o oitavo maior exportador da commodity do mundo. Os militantes exigem maior controle sobre os recursos de petróleo da região do delta do Rio Níger. A meta é reduzir a produção em mais de um milhão de barris diários, o que tende a pressionar as cotações.
Em fevereiro, os ataques dos militantes já haviam reduzido a produção em 455 mil barris diários, o equivalente a um quinto do total. Com isso, a oferta caiu para dois milhões de barris diários. Grande parte do petróleo produzido na Nigéria fica no leste do delta, onde gigantes petrolíferas como ExxonMobil, Shell e Chevron operam.
Os militantes exigem, além de mais autonomia, a indenização por poluição nas aldeias do delta e a liberação de líderes da tribo Ijaw. No sábado, um oleoduto da Shell foi atacado por sabotadores, mas como a região já havia sido abandonada, a produção não foi afetada. A Royal Dutch Shell fechou seus campos de exploração numa parte do delta, após várias explosões e seqüestros no fim do mês passado.
Fale Conosco