Câmara Notícias/Redação
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados realiza nesta quarta-feira (13) audiência pública sobre possíveis estratégias para ampliar investimentos na geração de eletricidade por meio de energias renováveis no País.
O debate foi solicitado pelo deputado Sergio Vidigal, que aponta a grave situação matriz energética do País, causada pela crise hídrica, que compromete a geração de energia.
Vidigal também aponta que a ausência de gestão, o aumento do consumo energético e a necessidade de crescimento do País requerem maiores investimentos e maior desenvolvimento dessa matriz energética, com a produção de energia eólica, solar e da biomassa.
Potencial subaproveitado
Na avaliação do parlamentar, as fontes alternativas de energia – como a energia eólica, a de biomassa e as pequenas centrais hidrelétrica (PCHs), por exemplo, são subaproveitadas. Vidigal salienta que o Brasil possui uma série de características naturais favoráveis, pois é um dos países mais ricos no mundo em incidência de raios e ventos e o maior produtor de biomassa. “Temos ainda baixa variação média do sol ao longo do ano e terras disponíveis.
"O País pode incentivar o aumento da participação das fontes eólica, biomassa, PCHs e solar fotovoltaica. Essas fontes, se bem planejadas, provocam impactos ambientais muito menores em relação às grandes hidrelétricas, sem significar aumento de custos”, argumenta.
O deputado cobra a implementação de políticas públicas, baseadas em práticas já desenvolvidas em outros países como a Alemanha, a Espanha e o Japão. Para Vidigal, se houver políticas públicas para o setor, o governo tem como atender a uma significativa parte das demandas de eletricidade do País, a partir de fontes limpas e de baixo impacto ambiental.
Convidados
Foram convidados para o debate:
- o superintendente de Regulação dos Serviços de Geração da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Christiano Vieira da Silva;
- o gerente de Assuntos Regulatórios da Renova Energia, Rodrigo Soares, representante daAssociação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine);
- o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Eduardo Azevedo Rodrigues;
- o presidente do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), André Ferreira, representante do Observatório do Clima;
- a presidente-executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Silva Gannoum;
- o presidente da Associação RevoluSolar, Pol Dhuyvetter; e
- o diretor da Área de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica da AssociaçãoBrasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Newton José Leme Duarte.
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