Bolívia

Morales elogia a cooperação da Espanha e aceita negociação bilateral

Agência Efe
12/05/2006 03:00
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, enviou uma carta ao Governo espanhol na qual assegura que nunca o acusou de incumprir seus compromissos com seu país, agradece a cooperação que está prestando e aceita negociação bilateral do decreto de nacionalização de hidrocarbonetos.

O secretário de Estado de Comunicação do Executivo espanhol, Fernando Moraleda, revelou a existência desta carta na conferência de imprensa que ofereceu em Viena para informar da agenda do presidente do governo, José Luis Rodríguez Zapatero, na cimeira US-América Latina e Caribe.

Moraleda destacou que a carta é "absolutamente explícita" e esclarece as manifestações realizadas ontem por Morales, que - enquanto o secretário de estado oferece a conferência - mantinha, hoje, uma reunião com Zapatero.

Posteriormente, fontes informaram a Efe que a reunião durou 45 minutos. O texto da carta enviada por Morales ao ministro de exteriores, Miguel Angel Moratinos, faz referência a outra carta anterior fechada no passado 8 de maio.

Nela, o titular de Exteriores propunha que cada governo nomeasse um delegado para o seguimento do assunto, assim como uma série de princípios para a negociação para que as decisões sejam tomadas de forma bilateral e por mútuo acordo, e que haja regras claras e segurança jurídica.

Em sua contestação, Morales expressa o reconhecimento do "respeito que o Governo da Espanha outorga a toda as decisões políticas adotadas por Governos soberanos e democraticamente eleitos". Assegura estar empenhado em que o prazo de 180 dias seja possível um acordo sobre novos contratos de interesse mútuo e no marco do respeito à Constituição boliviana, as leis e o benefício recíproco "com todas as condições necessárias para que exista uma verdadeiras e duradoura segurança jurídica para as empresas".

"Em relação aos pontos sobre os quais deve ser baseada a negociação, estamos totalmente de acordo em que tenha caráter bilateral entre as empresas estrangeiros e o Estado boliviano e, obviamente, neste marco vemos muito positivo o acompanhamento do Governo da Espanha", acrescenta o texto.

O presidente boliviano explica que, para uma fluida relação de negociação dos contratos com as empresas espanholas, informará proximamente a pessoa de contato por parte de seu governo.

Morales aproveitou para esclarecer suas palavras de ontem sobre a atitude da Espanha com seus país e assegura: "nuca acusamos o Governo da Espanha de incumprir seus compromisso com a Bolívia e que o manifestado pela minha passoa estave no âmbito da esperança de que as ofertas de seu governo possam ser uma pronta realidade".

O presidente da Bolívia expressa "seu profundo reconhecimento e agradecimento pela valiosa, importante e crescente cooperação" que brinda a seu país o governo de Zapatero.

Agradece, igualmente, a vontade política de aprofundar as relações amistosas de cooperação e sua disposição de colaborar no fortalecimento da relação com a União Européia e os organismos multilaterais.

Morales termina a carta fazendo menção ao "espírito fraternal" que considera que tem caracterizado as relações entre Espanha e Bolívia e reiterando seu compromisso para continuar trabalhando em benefício de todos os povos.

Moraleda explicou, na conferência de imprensa, que o Governo espanhol conhecia na noite anterior a existência de um rascunho da carta, mas esta foi entregue fisicamente para chegar ao chefe do Executivo. O secretário de Estado considerou que o texto é "suficientemente expressivo como para retomar a negociação como primeiro veículo".

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