Na retroárea do porto, de 6 mil hectares, poderão ser construídas termelétricas a carvão, plantas de processamento de petróleo e de minério de ferro, segundo detalhou o diretor geral da MMX, Rodolfo Landim.
A retroárea do porto de Açu, que está sendo construído pela mineradora MMX, está disponível para a instalação de diversos empreendimentos, conforme detalhou o diretor geral da companhia, Rodolfo Landim, durante a cerimônia de lançamento do Instituto do Petróleo da Universidade Estácio de Sá, nesta segunda-feira (05/02), no Rio de Janeiro.
Entre os empreendimentos, o executivo informa que há espaço para construção de até 10 termelétricas a carvão de 350 MW cada, além de plantas de processamento de petróleo e de processamento de minério de ferro. A área disponível na retroárea do porto é de 6 mil hectares.
Segundo Landim, as termelétricas a carvão teriam o diferencial de ter um custo operacional barato, uma vez, que a MMX tem a possibiliade de ofertar o carvão a custo reduzido uma vez que seria aproveitada a viagem de volta dos navios utilizados para exportar o minério de ferro. Segundo explica um executivo da empresa, ao invés de voltarem vazios à espera de nova carga de minério, os navios viriam carregados de carvão para as térmicas.
Landim argumenta que a tecnologia utilizada atualmente nas usinas a carvão reduz siginificativamente as emissões de gases que causam o efeito estufa. "O custo de investimento em uma usina como estas é três vezes mais caro em razão das questões ambientais, gira em torno dos US$ 1.300 por MW. No entanto, o custo operacional é baixo porque pode-se obter carvão barato", diz.
O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Júlio Bueno, afirma que em princípio não é contra a termelétricas a carvão. "Sou a favor do desenvolvimento sustentável, se a área de meio ambiente considerar essas usinas inviáveis, o assunto terá que ser discutido", comentou.
O executivo da MMX considera, ainda, a a possibilidade de área ser utilizada pela Petrobras para o processamento do petróleo pesado, uma vez que o porto está muito próximo à bacia de Campos. "A Petrobras perde rentabilidade hoje por vender petróleo com um certo volume água e ao processar esse petróleo em terra poderia aumentar sua rentabilidade". O executivo justifica a opção como mais barata do que as plantas de processamento já acopladas em FPSOs que não têm a mesma eficiência de uma planta em terra.
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