O Irã não planeja fechar o tráfego marítimo pelo Estreito de Ormuz, ponto de saída de boa parte do petróleo mundial, afirmou ontem (14) em Viena o ministro do Petróleo da república islâmica, Rostam Ghasemi.
'Não, não planejamos isso', garantiu o representante iraniano ao ser questionado sobre a possível realização de manobras militares para demonstrar sua capacidade de fechar a entrada marítima ao Golfo Pérsico.
Esse cenário, cogitado na terça-feira (13) por um deputado iraniano, contribuiu para elevar o preço do petróleo, diante da perspectiva de um corte de fornecimento.
Cerca de um terço do petróleo consumido no mundo passa em navios pelo Estreito de Ormuz, um dos pontos estratégicos de maior importância no planeta.
Ghasemi falou à imprensa pouco antes do início da conferência ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A expectativa é que no encontro os 12 países-membros alcancem acordo sobre oferta conjunta e acabem com as desavenças da reunião de junho.
Na ocasião, o grupo ficou dividido entre os que queriam elevar o bombeamento, como a Arábia Saudita e outros países do Golfo Pérsico, e os que não desejavam essa medida, como Irã, Venezuela e Equador.
Ghasemi demonstrou confiança no fechamento de um acordo e afirmou que a intenção de seu país é garantir a estabilidade e proteger a situação atual, na qual os preços do petróleo, acima de US$ 100 por barril, estão com um bom valor.