Reuters
Os preços do petróleo cederam nesta segunda-feira (28/02) depois que primeiro ministro do Kwait prometeu fazer tudo o que puder na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (opep) para manter os preços sob controle. A chamada do membro do cartel fez reverter os ganhos do dia, que elevou os preços para a nova moior alta dos últimos quatro meses, para além dos US$ 52, o barril devido a expectativas de que clima frio dos Estados Unidos vai elevar a demanda de óleo de calefação.
O petróleo leve norte-americano no futuro caiu 21 centavos para US$ 51,28 o barril na Nymex, enquanto em Londres o Brent baixo 6 centavos para US$ 49,55 o barril.
O primeiro ministro do Kwait, Sheikh Sabah al-Ahmad al-Sabah, disse na segunda-feira (28/02) que a alta dos preços do petroléo não ocorreu nos juros de longo-prazo no Kwait, acrescentando que ele faria o que fosse possível na Opep para manter os preços sob controle.
Havia algum receio no mercado de petróleo de que a Opep estaria ficando confortável com o barril ao redor dos US$ 50 depois que o ministro do petróleo saudita Ali al-Naimi disse na semana passada que esperava preços na faixa de US$ 40 e US$ 50 este ano.
O secretário geral da Opep, Adnan Shihab-Eldin, disse na segunda-feira que o grupo vê um crescente consenso de que a faixa entre os US$ 40 e US$ 50 seria sustentável.
"Muitos na Opep e fora dela acreditam que o ambiente dos últimos dois anos faz com que a faixa entre US$ 40 e 50 para o WTI seja uma faixa estável", disse o ministro aos repórteres.
Por outro lado, o chanceler alemão, Gerhard Schroeder, que estava visitando a região do Golfo nesta semana, disse na segunda-feira que está muito preocupado com o recente crescimento dos preços do petróleo e que é urgente que os produtores aumentem sua produção.
Os comentários ajudaram a retroceder os aumentos anteriores no dia em que os preços foram pressionados pelo clima frio no norte dos Estados Unidos, o maior mercado de óleo de calefação.
A expectativa é de que a demanda por óleo de calefação nos Estados Unidos aumente 14% acima do normal essa semana em razão dos clima frio na costa lesta, de acordo com o Serviço Nacional do Clima nos Estados Unidos.
Os estoques de óleo de calefação dos Estados Unidos estão 7% abaixo dos níveis do ano anterior, em 41 milhões de barris, fazendo crescer a idéia de que um resfriamento retrasado poderia pressionar os suprimentos no maior consumidor do mundo.
O dólar fraco também tem atraído o influxo de dinheiro especulativo que ajudou a fazer o preço subir em pelo menos US$ 5 nas últimas três semanas.
Recursos especulativos fizeram aumentar posições no mercado de petróleo para o nível mais alto em oito meses, diz o governo dos Estados Unidos na sexta-feira.
Preocupação do consumidor - O aumento dos preços provocou um criticismo nas nações consumidoras que supões que a conta de energia pode atingir o crescimento econômico.
"Eu não tenho nenhum algo para o preço, mas definitivamente acho que acima de US$ 50 é muito alto", disse Claude Mandil, diretor executivo da Agência Internacional de Energia, na segunda-feira (28/02).
O ministro das finanças japonês, Sadakazu Tanigaki, disse que os preços e seus efeitos na economia global precisam de ser monitorados mais de perto.
A pressão nos preços significa que os produtores da Opep voltaram atrás na idéia de um possível corte de produção no segundo trimestre, depois do fim do inverno no Hemisfério Norte.
O Kuwait, que detém a presidência do cartel, Qatar, Venezuela e Indonesia também saíram a defender que a produção da Opep deve permanecer a mesma no próximo mês.
O Irã, segundo maior produtor da Opep, acredita que os preços altos significam que o cartel tem pouco interesse em cortar a produção, disse um executivo iraniano na segunda-feira.
"Devido ao aumento dos preços do petróleo, o interesse dos países em cortar a produção se reduziu", disse Javad Yarjani, líder de assuntos da Opep no Ministério do Petróleo iraniano.
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