Segundo o assessor do diretor geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Leonardo Caldas, a matriz energética brasileira se diversificou nos últimos anos segundo assessor da ANP. A afirmação foi feita pelo executivo na última terça-feira (13), durante palestra sobre as energias para o futuro, no segundo dia do Congresso ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital) , que aconteceu no Rio de Janeiro.
Com a moderação de Carlos José Correa, gestor do Fundo Infra Brasil do Banco Santander, o painel mostrou que a matriz energética brasileira é diversificada e se constitui essencialmente por 36,67% de petróleo, de 14,8% de hidráulica e 31,6% de biomassa, o que coloca o Brasil em posição favorável ao restante do mundo já que a média mundial de utilização de biomassa é 9,8%. Entretanto, gás natural e carvão são as fontes energéticas menos utilizadas no país.
Atualmente, o Brasil produz dois milhões de barris de petróleo por dia, o que torna o países autossuficiente. Entretanto, Caldas ressalta que a produção atual é apenas suficiente para consumo interno e que não há excedente para exportação. “Com a descoberta do Pré- Sal, a previsão para 2016 é que haja 1 milhão de barris excedentes”, afirmou.
Com o lançamento dos carros flex em 2003, Caldas afirmou que houve aumento na demanda interna por etanol e conseqüentemente, em 2009, as vendas de automóveis flex representaram 88,2% do total de carros comercializados. “Hoje o brasileiro pode escolher três tipos de combustíveis: etanol, gasolina e gás natutal, o que o coloca em uma situação única diante do mundo”, observou.