Brasil Offshore 2015

Manifestação marca painel sobre fim da operação única no pré-sal

Redação / Assessoria
24/06/2015 13:43
Manifestação marca painel sobre fim da operação única no pré-sal Imagem: Divulgação Visualizações: 214

O prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, fez um balanço do primeiro dia da Brasil Offshore. Para conferir, acesse o link a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=qwd3oEHyvhU

Pré-sal

"Dificilmente atrairemos novos investimentos para o setor de petróleo no Brasil com a Petrobras como operadora única." A afirmação é do senador José Serra (PSDB-SP), que participou do painel "Inflexões sobre petróleo: um novo marco regulatório ", realizado nesta terça-feira, na Brasil Offshore 2015, em Macaé (RJ).

Serra é autor do projeto que propõe modificar a Lei 12.351/2010, desobrigando a Petrobras de atuar como operadora única dos campos do pré-sal. A palestra de Serra foi iniciada com alguns minutos de atraso, após um grupo de petroleiros invadir o auditório, com um apitaço. Integrantes da plateia – formada por representantes da cadeia de fornecedoras do setor de petróleo – vaiaram os manifestantes, pedindo a retomada do painel.

O prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (PMDB), garantiu a palavra dos manifestantes e dos palestrantes. " A manifestação foi feita. Agora precisamos ouvir o que a indústria tem a dizer aqui", afirmou, pedindo a compreensão de todos os presentes.

"A indústria, no mundo todo, está sob pressão. O setor precisa de investimentos para voltar a gerar emprego e renda ", comentou o prefeito de Macaé. "Que a Brasil Offshore seja, neste ano, muito mais do que um evento de networking, um evento de superação, uma demonstração de que o Brasil tem uma indústria de petróleo forte e que vamos continuar prosperando".

Serra lembrou as pressões financeiras que a Petrobras vem passando e que a empresa está colocando à venda reservas de petróleo para cobrir o alto endividamento. "E em uma hora ruim, com os ativos desvalorizados", disse.

Para o senador, a empresa errou nas direções que teve. "Houve uma vontade de transformar a Petrobras na maior empresa do mundo, o que não é ruim, no entanto, isso não é algo que aconteça por decreto, e sim por acertos na gestão e por uma estratégia consistente de crescimento", reforçou.

Para Serra, os escândalos desencadeados pela Operação Lava Jato representam apenas uma fração do problema que a Petrobras enfrenta. "Foram realizados investimentos insanos, a estatal passou a ser utilizada como instrumento de política partidária e eleitoral, e ficamos praticamente oito anos sem leilões. E não há nada de pior para a cadeia de empresas fornecedoras do que não ter uma demanda ", enumerou.

Outro problema, segundo Serra, foi a diversificação de atividades. "A atividade fim da Petrobras é a exploração e produção", disse.

Sobre a implantação do modelo de partilha, Serra afirmou que o fim da operação única no pré-sal é consenso entre especialistas. "É sabido que a própria Petrobras não queria isso. E não quer hoje", afirmou.

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