Jornal do Commercio
O diretor da Petrobras Biocombustível, Fernando Cunha, disse acreditar que os investimentos da empresa previstos em seu plano estratégico, de US$ 1,5 bilhão entre 2008 e 2012, poderão ser ampliados, e não reduzidos, na revisão do plano que será apresentada em dezembro.
“A Petrobras acaba de criar uma empresa e se diminuirmos o orçamento dessa empresa, não faz sentido”, argumentou ele em entrevista após palestra em evento realizado pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).
Cunha disse que os projetos da Petrobras para etanol e biodiesel vão além da crise, que “é transitória”. Segundo ele, “vamos olhar tudo com cautela, mas a vida continua e queremos crescer”, afirmou. Ele afirmou também que os projetos internacionais da Petrobras Biocombustível, que poderão vir a ser executados em países como Angola e Colômbia, não avançaram ainda, mas prosseguem nos planos da empresa.
O executivo explicou também que, no que diz respeito à matéria-prima para produção do biodiesel, o objetivo da empresa é diversificar para que “não fique presa” à soja e há perspectivas no girassol e no dendê, por exemplo. “Queremos descobrir novas matérias-primas”, afirmou.
Antes, em palestra, Cunha disse que a Petrobras Biocombustível quer ser “uma grande exportadora de etanol”, com exportação de 4,75 bilhões de litros em 2012. Segundo ele, o objetivo da empresa é criar parcerias para estruturar as vendas externas desses produtos, sempre como sócia minoritária nos projetos. “Queremos o pioneirismo de passar a vender etanol em contratos de longo prazo, de 10, 15 anos”, disse.
Fale Conosco
20