Reuters, 16/01/2017
A desaprovação da gestão do presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski superou em janeiro pela primeira vez a aprovação, após um caso de corrupção envolvendo a construtura brasileira Odebrecht respingou no mandatário e nos governos dos últimos 30 anos.
A rejeição a Kuczynski subiu nove pontos percentuais para 45 por cento em janeiro ante dezembro e o apoio ao presidente caiu cinco pontos para 43 por cento, mostrou uma pesquisa da empresa Ipsos Peru publicado no domingo pelo jornal El Comercio.
A Odebrecht, maior empreiteira da América Latina, admitiu no fim do ano passado ter pago 29 milhões de dólares em propina para ganhar obras públicas entre 2005 e 2014, no Peru, nos governos dos ex-presidente Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.
Kuczynski, um ex-banqueiro e financiasta de Wall Street, foi primeiro-ministro entre agosto de 2005 até o fim do mandato de Toledo em julho de 2006. Antes, por quase um ano e meio, ocupou a pasta de Economia e Fiananças.
"A grande maioria pensa que a corrupção praticada por essa empresa afetou a todos os governos dos últimos 30 anos, disse o presidente-executivo da Ipsos, Alfredo Torres.
A popularidade de Kuczynski, que assumiu o poder em julho, começou a cair em setembro quando alcançou um pico de 63 por cento, afetado pela difusão de áudios que revelaram que um de seus assessores conspirou para realizar uma negocio ilegal entre o seguro estatal de saúde e uma clínica privada.
Kuczynski tem negado envolvimento nos casos de corrupção da brasileira Odebrecht e afirmou que a empresa deve devolver ao Peru o dinheio que pagou em suborno para ganhar contratos em obras públicas.
A pesquisa do instituto Ipsos fui realizada entre 11 e 13 de janeiro e entrevistou 1.297 pssoas. A margem de erro da pesquisa é de 2,7 pontos percentuais para mais ou menos.
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