Auto-suficiência

Lula inicia produção da P-50

Após ativar o primeiro poço à plataforma e abrir a válvula que permitiu coleta de óleo, o presidente Lula repetiu o gesto de Getúlio Vargas: exibiu as mãos molhadas de petróleo.

Redaçãp
24/04/2006 03:00
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O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, deu início à produção da plataforma P-50, nesta sexta-feira (21/04). O presidente ativou o primeiro poço ligado à plataforma e abriu uma válvula que permitiu a coleta de uma pequena quantidade de óleo. Na cerimônia a bordo da plataforma, Lula repetiu o gesto de Getúlio Vargas em 1952: molhou as mãos no petróleo e exibiu-as.

A solenidade a bordo da P-50 contou com a presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, do presidente do Senado, Renan Calheiros, do presidente da Câmara, Aldo Rebelo, do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, e dos diretores da Companhia.

Da plataforma, o presidente Lula, acompanhado das demais autoridades, seguiu para o Rio de Janeiro, onde participou da cerimônia de comemoração da conquista da auto-suficiência no Museu Histórico Nacional.

A Petrobras ressalta que a conquista da auto-suficiência se torna ainda mais importante em um cenário de aumento de preços do petróleo no mercado internacional, com o preço do barril dos óleos de referência - Brent e WTI - rondando os US$ 70. "A grande vantagem para o país é chegar a esta situação de equilíbrio entre produção e consumo em um momento de escassez mundial de petróleo, com pouca diferença entre a produção e a demanda global, o que tem provocado a alta volatilidade do mercado", se lê na nota enviada pela empresa.

O processo da auto-suficiência começou com a entrada em operação das plataformas P-43 e P-48, no complexo Barracuda - Caratinga, na Bacia de Campos. O funcionamento da P-50 é a última etapa para tornar realidade essa antiga aspiração.

A P-50 é um FPSO (Floating, Production Storage Offloading), unidade que possui a característica de produzir, processar, armazenar e escoar petróleo e gás. É a unidade flutuante de maior capacidade do Brasil, podendo produzir até 180 mil barris diários, o que representa 11% do volume médio produzido no país, em 2005. A P-50 também terá capacidade para comprimir seis milhões de metros cúbicos de gás natural e de estocar 1,6 milhão de barris de petróleo, e tem comprimento de 337 metros, calado (área submersa) de 21 metros e 55 metros de altura, equivalente a um prédio de 18 andares.

A unidade, que começou a operar no campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos, é o resultado da conversão do casco do navio Felipe Camarão, que foi realizada em Cingapura pelo estaleiro Jurong. O custo total da P-50 foi de US$ 634 milhões. Foram construídos no Brasil os módulos que ficam sobre o  casco e a integração de todos os componentes da unidade.

De 2006 a 2010, o Plano de Negócios da Petrobras prevê investimentos de US$ 28 bilhões nas atividades de exploração e produção, visando chegar a uma produção, no Brasil, de 2,3 milhões de barris diários. Somada a produção de gás natural em barris equivalentes ao óleo, a produção total da Petrobras no Brasil deverá ser de 2.860 mil barris/dia em 2010. Acrescentando a produção dos campos da Companhia no exterior, o volume chegará a 3,4 milhões de barris de óleo equivalente.

Além dos investimentos, a descoberta de novas e promissoras áreas de exploração indica excelentes perspectivas de produção para os próximos anos. Em dezembro de 2005 a Petrobras declarou a viabilidade comercial de cinco novos campos, entre eles o gigante Papa-Terra, na Bacia de Campos.   

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