Petróleo e Gás

Lucro líquido do primeiro semestre da Petrobras alcançou R$ 16,21 bilhões

A Petrobras divulgou na última sexta (13), o seu resultado financeiro no primeiro semestre deste ano. De acordo com a empresa, a companhia registrou lucro líquido de R$ 16,21 bilhões, representando um aumento de 11% sobre o mesmo período de 2009.

Agência Petrobras
16/08/2010 12:46
Lucro líquido do primeiro semestre da Petrobras alcançou R$ 16,21 bilhões Visualizações: 104
A Petrobras divulgou na última sexta (13), o seu resultado financeiro no primeiro semestre deste ano. De acordo com a empresa, a companhia registrou lucro líquido de R$ 16,21 bilhões, representando um aumento de 11% sobre o mesmo período de 2009. Esse resultado reflete o maior volume de venda no mercado doméstico (11% em relação ao 1º semestre de 2009) e o aumento de 50% da cotação média do petróleo Brent, que passou de US$ 51,60, no 1º semestre de 2009, para US$ 77,27, no mesmo período de 2010. 
 

A maior produção e a elevação do preço médio de venda das exportações e das vendas internacionais, compensados pelos menores preços de venda no mercado interno (redução no preço do diesel (15%) e da gasolina (5%) em junho/09) e pelas maiores despesas operacionais (principalmente participações governamentais) levaram a geração de caixa operacional (EBITDA) a atingir R$ 31,3 bilhões, mantendo-se em linha com o resultado do 1º semestre de 2009. Esta forte geração de caixa permite manter o programa de investimentos projetados e o nível de alavancagem em nível adequado.
 

Lucro líquido aumentou 7% no 2º trimestre 
 

O lucro líquido consolidado da Petrobras do 2º trimestre de 2010 foi 7% superior ao do 1º trimestre, atingindo R$ 8,295 bilhões. Esse aumento se deve, principalmente, à redução de 8% das despesas operacionais, destacando maiores gastos registrados no 1º trimestre, em função da provisão para perda no valor recuperável de ativos de E&P, das baixas de poços secos ou sem viabilidade econômica e das provisões de contingências para atender processos judiciais. A geração de caixa operacional (EBITDA) no trimestre atingiu R$ 15 bilhões 927 milhões, um aumento de 6% sobre o trimestre anterior.
 

A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e exterior no 1º semestre de 2010 aumentou 3% em relação ao mesmo período de 2009, atingindo 2 milhões e 568 mil barris de óleo equivalente (boed). No Brasil, a produção total (petróleo e gás) foi de 2 milhões e 322 mil boed no semestre, contra 2 milhões e 272 mil boed em igual período do ano passado. 
 

O aumento na produção das plataformas P-51 (Marlim Sul), P-53 (Marlim Leste), P-54 (Roncador), P-34 (Jubarte), TLD de Tiro (SS-11), TLD de Tupi (FPSO- Cidade de São Vicente), FPSO-Cidade de Niterói (Marlim Leste), FPSO-Frade (Frade), FPSO – Cidade de Vitória (Golfinho) e FPSO – Espírito Santo (Parque das Conchas) superou o declínio natural dos campos maduros. 
 

A produção doméstica exclusiva de petróleo alcançou 1 milhão e 998 mil barris por dia (bpd), enquanto a de gás natural chegou a 324 mil boed. Em abril, a Petrobras alcançou o recorde mensal de produção de óleo no Brasil (2 milhões e 33 mil bpd).
 

A produção de petróleo e gás natural no exterior alcançou 246 mil boed, um aumento de 6% em relação ao 1º semestre de 2009, impulsionado pela entrada de produção do campo de Akpo, na Nigéria, em março de 2009.
 

Investimentos do semestre aumentaram 17% 
 

Os investimentos realizados no 1º semestre de 2010 atingiram o patamar recorde de R$ 38 bilhões 101 milhões, com aumento de 17% em relação aos recursos aplicados no mesmo período do ano anterior. Seguindo as metas traçadas no seu Plano de Negócios, a Petrobras continua investindo principalmente na ampliação da capacidade futura de produção de petróleo e gás natural, no setor petroquímico e nas refinarias. Do total investido, R$ 15 bilhões 745 milhões foram destinados ao segmento de E&P, com um aumento de 6% sobre o 1º semestre de 2009. Os recursos destinados à área de Gás e Energia e Internacional, por sua vez, apresentaram quedas de 11% e 39%, respectivamente. 
 

Já os investimentos na área de Abastecimento (R$ 13 bilhões e 781 milhões) foram os que apresentaram a maior elevação, especialmente em refino, mais do que dobrando em comparação com o investido no 1º semestre do ano passado. Estamos investindo na manutenção das refinarias e também no aumento da capacidade de refino, na adequação da produção à demanda, na qualidade dos produtos e no aumento do processamento do petróleo produzido no país. A elevação da produção brasileira de petróleo, em conjunto com o crescimento econômico, exige a construção de novas capacidades, enquanto que o novo perfil de demanda por derivados mais nobres e de melhor qualidade requer investimentos na adequação da produção.
 

O preço médio de realização (PMR) da Petrobras, em reais, apresentou queda de 2%, passando de R$ 162,15/barril no 1º semestre de 2009, para R$ 158,20/barril no 1º semestre de 2010, em função da redução no preço do diesel (15%) e da gasolina (5%) em junho de 2009, e da valorização cambial. O PMR ainda se encontra acima dos preços médios de realização internacionais. O preço médio de venda de petróleo nacional acompanhou a trajetória de alta dos preços internacionais e subiu 80%, passando de US$ 40,74 no 1º semestre de 2009, para US$ 73,35 no 1º semestre de 2010.
 

As refinarias da Petrobras no País processaram 1 milhão e 749 mil bpd de petróleo, produzindo 1 milhão e 786 mil bpd de derivados no 1º semestre de 2010. Foram utilizados, em média, 90% da capacidade instalada de refino, priorizando a produção de diesel. Do volume total do petróleo processado, 81% foram dos campos brasileiros. A carga processada pelas refinarias no exterior foi 7% superior à do 1º semestre de 2009, devido ao melhor desempenho operacional da refinaria dos EUA e a melhores margens na Argentina.
 

O volume de vendas do 1º semestre de 2010, no mercado doméstico, aumentou 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo o volume de 2 milhões e 236 mil barris por dia. As vendas de diesel aumentaram 9%, em função da recuperação da atividade industrial, do maior ritmo da colheita de grãos, do consumo gerado pelos investimentos em infra-estrutura e do fornecimento para térmicas a diesel na Região Norte. 
 

A escassez de álcool no início de 2010, a redução do teor de álcool anidro em fev/2010 e o maior consumo das famílias levou ao forte crescimento das vendas de gasolina no 1º semestre de 2010, que subiu 19% em comparação com o mesmo período do ano passado. Também houve forte aumento das vendas de gás natural (18%), em decorrência do maior consumo do mercado não-térmico.
 

Aumento do saldo financeiro de exportação de petróleo e derivados no semestre 
 
 
A Petrobras exportou no 1º semestre de 2010 o volume de 762 mil bpd de petróleo e derivados, resultando em um crescimento de 8% sobre o mesmo período do ano anterior. Com importações de 620 mil bpd, o superávit volumétrico foi de 142 mil bpd, inferior ao saldo do 1º semestre de 2009 de 184 mil bpd. Cabe destacar o aumento das importações de diesel, em função da parada programada na Replan e do aumento da demanda no mercado interno. Apesar do menor saldo volumétrico, os melhores preços internacionais permitiram que o superávit financeiro atingisse US$ 1 bilhão 466 milhões, contra US$ 1 bilhão e 302 milhões no 1º semestre de 2009, representando um aumento de 13% no período.
 

O endividamento líquido do Sistema Petrobras encerrou o mês de junho 16% acima daquele registrado em 31.03.2010, devido às captações de recursos que estão sendo aplicados no intensivo programa de investimentos. O endividamento líquido ficou em 34%, dentro da meta estabelecida no Plano de Negócios 2010-2014.
 

Com relação aos impostos, a Petrobras informou ter pago em taxas e contribuições sociais, R$ 29 bilhões e 461 milhões, representando aumento de 12% em relação ao mesmo período de 2009. As participações governamentais aumentaram 45%, em relação ao 1º semestre do ano passado, refletindo o aumento de 31% do preço médio de referência do petróleo nacional (R$ 123,66 contra R$ 94,38 no 1º semestre de 2009), que acompanhou as cotações internacionais de petróleo.
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