Weg

Lucro 6% maior e reavaliação de expansão no exterior

Gazeta Mercantil
28/10/2008 05:17
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A Weg, de Jaraguá do Sul (SC), fechou o terceiro trimestre de 2008 com lucro líquido de R$ 167,1 milhões, valor 6,4% superior ao do mesmo período do ano passado. A receita operacional líquida registrada, de R$ 1,22 bilhão, foi 22% maior do que no 7terceiro trimestre de 2007. O Ebitda somou R$ 300,15 milhões e cresceu 15,1% em relação a igual período do ano anterior. O diretor Administrativo Financeiro e de Relações com Investidores da Weg, Alidor Lueders, afirmou que o impacto negativo nos resultados decorrente da crise financeira internacional, contabilizado como despesa financeira, foi de R$ 1,1 milhão. O montante, segundo ele, é considerado "imaterial" dentro do contexto das operações da companhia.

 

Em 30 de setembro, o endividamento da Weg em moedas estrangeiras somava R$ 1 bilhão (53% do total), representadas principalmente por operações de trade finance (adiantamentos de contratos de câmbio) e empréstimos de capital de giro contraídos pelas subsidiárias no exterior em suas moedas locais. "Trabalhamos em diversos setores e mercados e estamos ingressando em novos nichos, como a construção naval, petróleo e gás, para diluir a dependência de apenas um segmento ou de uma moeda", afirmou.

 

Lueders disse que os investimentos vão ficar dentro do previsto, de R$ 520 milhões este ano, e que as expansões em andamento na China, Índia e México serão reavaliadas na elaboração do orçamento de 2009, o que deverá ocorrer no final do mês de novembro.

 

Na avaliação de Lueders, o desaquecimento global não será tão profundo e as economias vão continuar a crescer, mesmo que com menos intensidade. "A China que ia crescer 10%, vai crescer 7% ou 8%, a Índia que projetava expansão de 9%, talvez alcance 6%, o Brasil que previa 4,5% a 5%, vai atingir 3,5%, os Estados Unidos, que pretendia crescer 1,5%, vai crescer 0,6% ou 0,9%", diz.

 

O executivo afirma que as exportações estão normais, apesar da crise. "A alta do dólar se reflete nas despesas financeiras, mas em compensação, exportando mais a receita será maior". Do total da receita bruta, Weg exporta 35%. Segundo o executivo, os importadores pressionam por descontos, mas as negociações de preços existem o tempo todo, faz parte da normalidade. "Quando o dólar caiu para R$ 1,60, eles diziam que o problema era político, do Brasil." Nas importações, o diretor prevê queda das principais commodities internacionais, o que já ocorre com o cobre. Lueders entende que o mercado deverá encontrar um patamar adequado para o dólar.

 

Para 2008, o diretor diz que a Weg deverá atingir o desafio de crescer 20% em relação ao ano passado. Até setembro, a companhia registrou receita bruta de R$ 3,91 bilhões, 18,5% superior a registrada no mesmo período do ano passado. O lucro líquido nos nove meses foi de R$ 462,74 milhões, 5,9% superior a 2007.

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