Rio Oil & Gas 2016

Lloyd’s Register: pesquisa revela um foco maior dos investimentos em novas tecnologias e produção de energia limpa

Pesquisa exclusiva com a indústria brasileira para a Rio Oil and Gas 2016, foi realizada pelo Lloyd's Register em conjunto com o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

Redação/Assessoria
28/10/2016 15:50
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Em seu último relatório da indústria lançado - uma extensão da pesquisa Technology Radar 2015-16, produzido pelo Lloyd’s Register e que no ano passado destacou as principais tendências no ritmo da inovação e a adoção de tecnologias em todo o mundo - revela que o colapso no preço do petróleo combinado com os desafios nas condições operacionais encontradas pelos operadores, prestadores de serviços e formuladores de políticas no Brasil, impôs enorme pressão no setor de petróleo e gás do País.

A pesquisa pergunta quais são as maiores barreiras em relação à inovação. Também indica que um novo tema surge, onde alternativas para o óleo e gás estão sendo consideradas como parte do desenvolvimento, em médio prazo, para uma matriz energética mais limpa, eficiente e balanceada. E uma reavaliação estratégica em vários níveis da indústria, sugere que o Brasil está bem posicionado como um dos produtores-chave de energia do mundo.

Os fatores ambientais são uma das razões principais para os operadores investirem em inovação “Novas medidas introduzidas recentemente no País contribuirão para o crescimento de energias alternativas e infraestrutura”, diz Alasdair Buchanan, Energy Director, Lloyd’s Register. “Serão estas medidas que irão direcionar os investimentos em futuros projetos de energia com elevados retornos sociais e ambientais.”

Há oportunidades para novos investimentos em tecnologia limpa, conforme declarado pelo BNDES, através de anúncio de nova política de fundos voltados para energia solar e outros projetos eficientes de energia, em adição a subsídios para energia eólica, biomassa e plantas termoelétricas – sendo todas estas áreas consideradas como uma mudança de foco para o Brasil.

“A indústria de petróleo e gás no Brasil poderia experimentar um período de crescimento significativo, caso houvesse progresso na integridade da cadeia de abastecimento ”, diz Buchanan. “Os entrevistados destacaram sua preocupação na pesquisa e identificaram que mudanças precisam ser feitas na base de fornecedores do País. Participantes em todos os níveis destacaram isso em suas respostas”.

Inovação e implantação de tecnologia em campos comprovados são focos prioritários.

A pesquisa revelou necessário que haja uma maior sensibilização da sociedade sobre impacto econômico positivo que o setor de óleo e gás brasileiro possui a nível global. Enquanto 74% dos entrevistados disseram que a contínua baixa do petróleo vem sendo um desacelerador da inovação, abordagens para reformas econômicas e comerciais foram ranqueadas pelos entrevistados como muito importantes na melhora da percepção sobre fazer negócios no Brasil. Os entrevistados também evidenciaram que as suas questões econômicas mais desafiadoras precisam ser abordadas, e de forma rápida. Em parte, isso já está acontecendo devido a recente legislação aplicada na indústria de óleo e gás, a qual impõe investimento em pesquisa e desenvolvimento.

Buchanan diz: “A queda no preço do óleo apresentou e ainda apresenta claro impacto nas escolhas de investimentos locais e decisões tomadas em relação a operação e iniciativas inovadoras. No entanto, o nosso relatório conclui que há uma crescente aceitação entre os operadores no Brasil de que a inovação através de pesquisa e desenvolvimento tem um papel crucial para ajudar a alcançar as taxas de recuperação esperadas nas reservas comprovadas de forma eficaz e menos custosa”.

Aproximadamente nove em dez entrevistados afirmaram terem conseguido atingir suas metas de inovação nos últimos dois anos. Quase 1/3 dos entrevistados disseram terem sido bem sucedidos e até superado suas metas e objetivos.

A pesquisa destacou esta como uma área de foco maior pelos próximos dois anos, e isso se deve às empresas estarem buscando alcançar uma maior eficiência nos campos existentes ou comprovados, ao invés de nova atividade de exploração.

Coleta de dados direcionando novas tecnologias

Em termos de análise e coleta de dados, 35% dos entrevistados acreditam que a quantidade de dados que coletam e analisam também irá aumentar ao longo dos próximos dois anos. Não é surpresa que tecnologias como a modelagem 4D de fluxo (46%), recuperação de óleo aprimorada (50%) e os avanços na tecnologia das unidades flutuantes de produção e armazenamento ,FPSOs (48%) são classificadas pelos entrevistados como melhorias em relação as tecnologias anteriores e como os dados podem ser gerenciados de forma eficaz.

Em médio prazo (2018 - 2020), duas das tecnologias selecionadas já foram comprovadas em outros setores, como impressão 3D e automação. Além disso, a composição do fluido de injeção é visto com grande potencial de desenvolvimento – particularmente relevante devido ao impacto desta atividade no setor como um todo.

Em longo prazo (2021 - 2025), as tecnologias que os entrevistados acreditam que terão maior impacto são aquelas com longos prazos de entrega, a maioria em estágio inicial de desenvolvimento, tais como perfuração a laser e nanotecnologia.

Apesar do pessimismo compreensível devido aos desafios atuais no Brasil, o Technology Radar mostra que a crise do preço do petróleo reforça a necessidade de uma maior regulação do setor de energia, da integridade robusta em toda a cadeia de abastecimento e uma melhor relação custo-eficiência operacional. Estas percepções fornecidas neste relatório exclusivo indicam aos profissionais do ramo de que forma eles podem endereçar os desafios existentes no Brasil e sustentar um melhor posicionamento global do Brasil como um fornecedor chave de energia.

Sobre Lloyd’s Register

Lloyd’s Register (LR) é uma organização global de engenharia e serviços técnicos e de negócios, pertencendo integralmente a Fundação Lloyd's Register, uma fundação de caridade britânica dedicada a pesquisa e educação voltadas para ciência e engenharia. Fundada em 1760 como uma sociedade classificadora marítima, LR opera atualmente em diferentes setores de energia da indústria, contendo aproximadamente 9.000 funcionários em 78 países.

LR possui longa reputação por sua integridade, imparcialidade e excelência técnica. Nossos serviços de conformidade, risco e consultoria técnica dão aos nossos clientes a confiança de que seus ativos e negócios encontram-se seguros, sustentáveis e confiáveis. Através de nossos centros globais de tecnologia e rede de pesquisa, LR está na linha de frente no entendimento da aplicação de novas ciências e tecnologias para garantir o futuro dos negócios de nossos clientes.

Sobre Lloyd’s Register e a série Radar Tecnológico

Relatórios focados em determinado país e pesquisas nos setores da indústria fazem parte da série Radar Tecnológico, os quais são gerenciados pela linha de negócios de energia do Lloyd´s Register. Os relatórios combinam o conhecimento especializado do Lloyd's Register com a visão de terceiros, com a finalidade de fornecer conclusões no que diz respeito à inovação, tecnologia e segurança no momento atual e no futuro da indústria de petróleo e gás. Através de entrevistas com praticantes seniores da indústria pesquisas com profissionais do setor de óleo e gás, a série Radar Tecnológico fornece uma visão convincente sobre o pensamento atual da indústria, suas tendências e insights.

Entre 05 de Setembro de 2016 e 03 de Outubro de 2016, o Lloyd's Register entrevistou os líderes do setor de óleo e gás brasileiro. Destes 35% foram operadores do setor de óleo e gás, 57% foram contratantes, provedores de serviços ou fornecedores e 7% foram reguladores. 70% vieram de empresas privadas, 15% das empresas de capital aberto, 2% a partir de joint ventures, e 7% de empresas estatais ou empresas híbridas. Os entrevistados representam uma ampla variedade de áreas funcionais, incluindo R & D (22%), operações (20%), produção (22%), estratégia (6%), finanças (11%) e alta gerência executiva (19%).

Sobre o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP)

Ao longo de mais de 50 anos de serviço, como uma organização sem fins lucrativos, o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), desenvolveu capacidades e responsabilidades que a tornou uma renomada instituição voltada para o setor de óleo e gás no Brasil. Sua independência, práticas não partidárias e transparentes, e seus esforços voltados para a colaboração entre partes interessadas da indústria permitiram conquistar devida credibilidade entre as empresas, sociedade e governo.

O IBP está sediado no centro do Rio de Janeiro e conta atualmente com 100 empregados. Possui uma rede com 1.250 especialistas atuando em comitês técnicos. Sua liderança é formada por executivos de empresas associadas, que também são voluntários na direção dos esforços do IBP para promoção de uma indústria competitiva, sustentável, ética e de responsabilidade social.

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