Biomassa

Instituições fluminenses desenvolvem projeto de carvão ecológico

Governo, institutos de pesquisa, universidade e empresa fluminenses desenvolvem projeto de uso de capim para a produção de "carvão verde" e subprodutos bio-energéticos.

Redação
23/05/2006 03:00
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O convênio assinado nesta terça-feira (23/05) entre a Secretaria de Energia, Indústria Naval e Petróleo, o Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE) e a termelétrica Termorio garantirá ao estado do Rio de Janeiro o título de primeiro produtor mundial de carvão ecologicamente correto. Este foi o comentário do secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, a respeito do projeto piloto que utilizará o Capim Elefante para produção do chamado "Carvão Verde".

O projeto piloto de desenvolvimento sustentável, elaborado através de parceria entre o governo do estado, o INEE e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), com apoio da termelétrica Termorio, será implantado na Cooperativa de Agricultores e Pecuaristas de São Domingos, situada no município de Conceição de Macabu.

Conforme informa a Secretaria, Victer explicou que para implementação do projeto, uma planta industrial piloto que transforma-se em mais uma fonte de energia renovável, o investimento previsto será de R$ 250 mil. "Esse projeto pretende fornecer auto-sustentabilidade aos assentamentos rurais organizados pelo Estado, fixando o homem no campo de gerar recursos para a sua sobrevivência e de transformá-lo em um mini empresário", afirma o secretário.

Ainda segundo ele, o projeto conta com 12,5 hectares de plantação de Capim Elefante e terá potencial de produção de 114 toneladas por ano de "Carvão Verde".

O secretário adiantou também que o "carvão verde" substituirá o carvão artesanal vegetal que é extraído da natureza e processado muitas vezes de forma danosa, através da queima de lenha, que vem destruindo florestas, como a cobertura vegetal da Mata Atlântica Fluminense.

O representante da Cooperativa de Agricultores e Pecuaristas de São Domingos, José Brum, destacou que o projeto, além da importância para o meio ambiente, também será fundamental para reduzir a exploração de mão-de-obra infantil, muito utilizada na produção de carvão artesanal vegetal. "Além disso, o projeto será viável para pequenos produtores, pois não requer mão-de-obra especializada para sua operação".

Wagner Victer acrescentou que a Cooperativa, com essa planta piloto, além do "carvão verde", irá produzir o alcatrão, de uso veterinário, defensivo agrícola e insumo para a produção de biodiesel e para a indústria química, bem como gerar energia térmica capaz de permitir a produção de frutas secas, principalmente a banana-passa.

O capim elefante é muito utilizado na alimentação de rebanhos leiteiros sob diversas formas, e seu cultivo vem sendo aprimorado por pesquisadores da Embrapa.

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