Indústria naval

Informe da PDVSA desconcerta mercado

Divulgado nesta quarta-feira à noite (10/05), comunicado que anuncia investimentos na China, Argentina e Brasil causa estranheza nos agentes nacionais. Segundo eles, as negociações com estatal venezuelana estão paralisadas.

Portal Naval
12/05/2006 03:00
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O comunicado divulgado nesta quarta-feira à noite (10/05) pela PDVSA, estatal petrolívera da Venezuela, causou estranheza entre os agentes nacionais. No texto, divulgado à imprensa, a companhia informa ter um acordo para construir 10 navios no Estaleiro Mauá-Jurong, em Niterói (RJ). Além disso, anuncia estar negociando a construção de 18 navios na China, investimento avaliado em US$ 1,3 bilhão, e que construirá mais duas embarcações na Argentina.
    O Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval) disse desconhecer estas informações. Segundo a assessoria, as negociações com a PDVSA estão paradas. O Estaleiro Mauá-Jurong confirmou haver um acordo para a construção dos navios em Niterói, mas a empresa ainda não foi comunicada de qualquer decisão da estatal venezuelana. Através da assessoria, o estaleiro disse que as negociações ainda não avançaram.
    O secretário de Fomento do Ministério dos Transportes, Sérgio Bacci, disse ter se surpreendido com a nota divulgada pela PDVSA. Segundo ele, nada foi passado ao Ministérios dos Transportes.
    - Se o Mauá-Jurong tem algum acordo com a PDVSA, o que não tem problema algum, negociou de forma isolada - disse.
   De qualquer forma, a notícia contradiz o anúncio feito, há dois meses, pelo presidente do Sinaval, Ariovaldo Rocha, de que o Brasil ficaria com 36 navios encomendados pela estatal venezuelana. Ao todo, a PDVSA pretende encomendar 42 navios. 
    O principal tópico do informe, no entanto, foi a notícia de que o governo venezuelano negocia com a China um acordo para construção de 18 navios. A companhia prevê investimentos de US$ 1,3 bilhão, que permitirão aumentar o transporte de volume de produtos de 15% a 45% até o final de 2012.
   A operação deve ser feita por meio da filial PDV Marina e as empresas China State Shipbuilding Corporation (CSSC) e China Shipbuilding Industry Corporation (CSIC). O acordo também inclui a transferência tecnológica para capacitar o pessoal venezuelano, assim como a expansão da Dianca (empresa de navegação), com o objetivo de evoluir na construção de navios na Venezuela.
    A petrolífera acrescentou no comunicado que planeja ainda adquirir um total de 42 navios como parte de um plano a se efetivar entre 2006 e 2012. A PDVSA citou ainda que mantém convênios com o estaleiro argentino Rio Santiago para a construção de duas embarcações.

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