Indústrias que não registrarem as substâncias químicas que exportam à União Européia (UE) em quantidades acima de uma tonelada anual, encontrarão as portas desse mercado fechadas. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Química, em 100 dias cerca de 30 mil substâncias devem ser reg
AssessoriaEm cerca de 100 dias, as indústrias que não registrarem as substâncias químicas que exportam à União Européia (UE), ainda que sejam componentes de outros produtos exportados – em quantidades acima de uma tonelada anual – encontrarão as portas desse importante mercado fechadas. A expectativa da Coordenadora da Comissão de Regulamentação e Gestão de Produtos da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química, Nícia Mourão, é que, neste prazo, 30 mil substâncias sejam registradas.
Mourão participou hoje de seminário na FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo para discutir como a indústria nacional deve se adequar às normas do REACH, sigla em inglês para Registro, Avaliação e Autorização de Substâncias Químicas, política implantada a partir de 1º de junho de 2007. O evento é realizado em parceria pela CNI - Confederação Nacional da Indústria, pela Abiquim e pelo IBRAM – Instituto Brasileiro de Mineração.
Os três parceiros promoverão outros eventos semelhantes nos dias 1º, 04 e 08 de setembro em Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e Belo Horizonte (MG), respectivamente. O objetivo é preparar as empresas para a nova política de controle de substâncias químicas da União Européia e debater seus impactos na indústria brasileira. Segundo Mourão, o Brasil exporta US$ 10,7 bilhões em substâncias químicas. Deste total, US$ 1,9 bilhão tem como destino a União Européia.
O objetivo do REACH é estabelecer controles mais rigorosos sobre os produtos químicos importados por aquele bloco econômico, de modo a preservar o meio ambiente e a saúde humana e animal. No entanto, o novo regulamento poderá criar dificuldades comerciais se as indústrias não se adequarem às suas exigências (veja essas exigências no site www.abiquim.org.br).
Segundo o diretor-executivo de Assuntos Industriais e Regulatórios da Abiquim, Marcelo Kós Silveira Campos, iniciativas como o seminário são importantes para garantir a continuidade das exportações brasileiras para o mercado europeu. “Sem a participação intensa das empresas nesse processo, estaríamos sujeitos a não mais exportar produtos que contenham substâncias químicas para a União Européia, já a partir dos próximos meses”.
O presidente do IBRAM, Paulo Camillo Vargas Penna, concorda. “O REACH é importante para ampliar a participação brasileira no mercado europeu. Temos que aproveitar a oportunidade e, eventualmente, ocupar uma fatia do mercado daqueles que não seguirem a nova política”, diz.
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