Resinas

Industriais do plástico fazem diagnóstico do setor no Rio

O estudo sobre o desempenho e a competitividade da indústria de material plástico no estado do Rio de Janeiro foi apresentado nesta quinta-feira (06/05) no auditório da Federação da Indústrias do Rio de Janeiro - Firjan. O objetivo do estudo encomendado pelo Sindicado da Indústria de Material


10/05/2004 03:00
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O estudo sobre o desempenho e a competitividade da indústria de material plástico no estado do Rio de Janeiro foi apresentado nesta quinta-feira (06/05) no auditório da Federação da Indústrias do Rio de Janeiro - Firjan. O objetivo do estudo encomendado pelo Sindicado da Indústria de Material Plástico do Estado do Rio de Janeiro (Simperj) foi diagnosticar a situação do setor no estado do Rio para promover ações de revitalização.
Os principais dados do estudo revelam que a indústria do plástico vem sendo reduzida desde o início dos anos 90. Na época o Estado ocupava o segundo lugar no ranking de produtores de resinas, com um volume de produção de 300 mil toneladas por ano. Atualmente o Rio é o quinto colocado no Brasil e produz cerca de 130 mil toneladas anuais. Ainda segundo o estudo, o declínio de produção resultou na perda de cerca de 23 mil empregos no setor, passando de 35 mil para 12 mil o número de empregados.
Durante o evento, o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), Merheg Cachum, reclamou dos altos impostos e da dificuldade de conseguir crédito. "No estado do Rio o ICMS é de 19%, o mais alto do Brasil. No caso dos créditos, no âmbito nacional, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) só serve para os grandes, a nossa indústria, que precisa de capital em torno dos R$ 700 mil, acaba recorrendo aos bancos, que fazem o repasse mas cobram esses juros absurdos,", critica Cachum, que ainda desabafa: "Nossa taxa de juros só é mais baixa do que a da Rússia e a da Turquia e nós não temos os mesmos problemas que eles".
Segundo Cachum, "ou se faz uma política de desenvolvimento que incentive o crescimento ou vamos acabar gerando empregos fora do país, importanto produtos que poderíamos produzir aqui". O empresário informa que em visita a Ohio, nos Estados Unidos, foram oferecidos inclusive terrenos grátis para a instalação de indústrias brasileiras na região.
O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, informou que algumas medidas já estão sendo tomadas pela Secretaria para revitalizar a indústria do plástico no Estado. De acordo com o plano de trabalho divulgado para a imprensa, as principais linhas de ação adotadas são relativas a questões fiscais, envolvendo incentivos e reavaliação de dívidas com o Estado; incentivo à qualidade de renovação de equipamento e reciclagem de profissionais; e disponibilidade de informações sobre o setor. O plano de ações divulgado reúne medidas a serem tomadas pela Secretaria de Estado e pelas entidades Simperj, Sebrae, Codin e Firjan.   
O empresário Marcelo Oazen, diretor da empresa Plastlab e segundo vice-presidente do Simperj, informou que, considerando um quadro de crescimento geral do país de 3% ao ano, nos próximo cinco anos, a indústria do plástico pode chegar a 2009 empregado em 25 mil e 35 mil trabalhadores, faturando cerca de US$ 2 bilhões e processando 500 mil toneladas de resina.
Entre os motivos para tanto otimismo está o início da produção do Pólo Gás-químico do Rio de janeiro, o Rio Polímeros, que deverá entrar em operação no início de 2005. "Com a atividade do pólo, o Rio vai poder produzir polímeros a partir do gás, que é muito mais barato do que a nafta. Isso vai facilitar muito a competitividade do Estado", avalia Oazen.
Segundo o empresário, enquanto Santa Catarina, um dos maiores produtores brasileiros, processa 530 mil toneladas de resina com base na nafta, só o Rio Polímeros terá capacidade de processamento de 540 mil toneladas a partir no gás.

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