Siderurgia em plena carga

IBS realiza coletiva para divulgar resultados recordes da siderurgia brasileira

“Foi um bom ano”, declarou o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Rinaldo Campos Soares, hoje (4) durante entrevista coletiva, no Rio de Janeiro, para apresentar os resultados do setor em 2007 e perspectivas para 2008 no mercado nacional e internacional.

Da redação
04/12/2007 02:00
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Ainda que com uma taxa menor do que a verificada em 2006, pelo sexto ano consecutivo o mercado mundial de aço experimentou, em 2007, um crescimento significativo. No Brasil, a siderurgia teve um ano de recordes de produção, vendas internas e consumo aparente de aço. A previsão para este ano é 34 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 9,9% em relação ao ano passado. As vendas internas devem crescer 18%, atingindo 20,6 milhões de toneladas, enquanto o consumo aparente (vendas internas mais importações) deve aumentar 19,7%, totalizando 22,1 milhões de toneladas.

“Foi um bom ano”, declarou o presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Rinaldo Campos Soares, hoje (4) durante entrevista coletiva, no Rio de Janeiro, para apresentar os resultados do setor em 2007 e perspectivas para 2008 no mercado nacional e internacional.

Segundo Rinaldo, o consumo aparente se manteve estável, com pequenas oscilações, no entanto mantendo o consumo médio equivalente a 126 quilos por habitante (enquanto que, no passado, eram 117 quilos). Em países industrializados, como EUA, Japão e Alemanha, esse número sobe para 400 quilos a 600 quilos por habitante. A China atualmente consome 270 quilos por habitante/ano.

“A expectativa é que haverá liquidez e que o crescimento da economia mundial prevaleça”, comentou Rinaldo. “Sem a menor dúvida, a indústria siderúrgica no Brasil está crescendo significativamente e batendo vários recordes, atendendo às demandas e abastecendo plenamente o país”, disse.

Especificamente sobre aços planos, o incremento nas vendas internas (+17,8%) e consumo aparente (+20,5%), reflete principalmente os recordes mensais consecutivos de produção do setor automotivo o desempenho positivo do setor de petróleo e gás, de máquinas industriais e agrícolas, assim como o maior gasto dos consumidores com eletrodomésticos. Já o desempenho do setor de aços longos deve-se, sobretudo a um novo ciclo positivo no setor de construção habitacional, impulsionado pelo maior crédito imobiliário.

A expectativa para a siderurgia brasileira em 2008 é positiva. O IBS estima que a produção atinja a 37,6 milhões de toneladas de aço bruto, representando um crescimento de 10,8% em relação a 2007. Tal crescimento tem como objetivo atender as expectativas dos diversos setores consumidores, assim como manter significativas exportações. Estas devem atingir a 12,4 milhões de toneladas, representando um aumento de 17,9%. Esse crescimento será possível devido em parte ao aumento da capacidade de produção com a entrada em operação de novos projetos de expansão. No final de 2007, a capacidade instalada da siderurgia brasileira atingiu 41 milhões de toneladas.

“Os setores que estão puxando esse crescimento são o automobilístico (28%, com crescimento de 17,8% em relação ao ano passado) e o de construção civil (30%, com crescimento de 16,2% em relação ao ano passado), praticamente 60% do consumo de aço no Brasil”, explicou. Destaque para o crescimento do seguimento de tubos, cujo crescimento em relação ao ano passado foi de 40%.

“Apesar dos significativos aumentos de consumo verificados em praticamente todos os segmentos, estes, encontram-se plenamente abastecidos”, destacou o executivo, justificando que parte do abastecimento foi realizado com o redirecionamento das exportações. O volume exportado em 2007 deve ser de 10,5 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas a menos do que o previsto e 15,6 a menos do que em 2006. “Nossa prioridade é a indústria local. É preciso primeiro atender o mercado interno”, ressaltou.

Segundo o IBS, além do foco no mercado interno, o decréscimo deve-se também ao fato dos projetos de expansão voltados para exportação terem dado partida somente no 4º trimestre. Apesar desse decréscimo, a receita total prevista com as exportações brasileiras de aço em 2007 será de US$ 6,8 bilhões, representando uma redução de apenas 1,2% em relação a 2006. O volume importado previsto é de 1,6 milhão de tonelada (-12%).

A grande expectativa de crescimento para o próximo ano são os setores de petróleo e a indústria naval. No que diz respeito à indústria naval, segundo Rinaldo, o consumo previsto para os próximos quatro anos é de 400 mil toneladas (100 mil toneladas ao ano).

“A indústria de aço é uma indústria de base. Não existe forma de um país crescer dependendo da compra de aço em outros países e sem uma siderurgia forte. E é justamente por isso que é preciso avaliar as vantagens e desvantagens da compra do aço no mercado interno e externo”, avaliou. “Somos competitivos. O Brasil é um país vocacionado para a siderurgia, com toda a capacidade de recursos, logística e mão-de-obra”.
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