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O Ibama do Rio de Janeiro e a ANP - Agência Nacional de Petróleo iniciam na próxima semana reuniões técnicas para estudar se a exploração de petróleo na costa sudeste está prejudicando, no litoral do Estado, a rota das baleias que migram da Antártica para o Nordeste. O encontro já estava marcado antes dos problemas ocorridos esta semana com uma baleia jubarte, em Niterói, e a mink, em Búzios, mas faz parte das hipóteses sobre as causas do problema.
O assessor técnico do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Walter Plácido, explicou que o encalhe de baleias já é histórico no Rio de Janeiro, mas que o fato ocorrido com duas espécies esta semana reforçou a iniciativa de se estudar, inicialmente, três hipóteses para a desorientação dos animais: poluição ambiental, o aumento do fluxo de plataformas de petróleo e grandes embarcações no mar, e a atividade constante de prospecção sísmica de petróleo, que é feita com um canhão que emite som de 180 decibéis.
Segundo ele, o Ibama aguarda o resultado das análises do material e sangue que foram coletados nas duas baleias para confirmar se a poluição ambiental afetou os mamíferos aquáticos. Adiantou que, ainda esta semana, o Ibama começará a estruturar a formação do grupo de trabalho que irá estudar e estabelecer métodos de resgate de baleias, reunindo representantes dos governos estadual, municipais, corpo de bombeiros, organizações não-governamentais, biólogos e a Petrobras.
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