Valor Econômico
O grupo Ultra disse ontem que o início da operação do projeto do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) não sai antes de 2014. "Se for construído dentro do cronograma, ele não entrará em operação antes de 2014", informou o diretor financeiro e de relações com investidores Ultrapar, Fábio Schvartsman.
Em conversas com analistas, durante conferência sobre os resultados do segundo trimestre de 2006, o executivo do grupo disse que é difícil antecipar os efeitos da adicional oferta de eteno no mercado brasileiro com a entrada em operação do projeto. "Estamos falando de efeitos de longuíssimo prazo", disse.
O grupo e a Petrobras, parceira do empreendimento, estão na fase de estudo do projeto básico, que prevê o refino de petróleo pesado e a produção de produtos petroquímicos básicos, como eteno. O empreendimento ficará localizado em Itaboraí (RJ). Os investimentos são estimados em US$ 6,5 bilhões, o maior já previsto pela estatal.
Na área de distribuição de gás liquefeito de petróleo, Schvartsman disse que a crise no fornecimento de gás natural da Bolívia teve efeito pontual e positivo nos negócios da Ultragaz, mas alertou os consumidores sobre a importância do GLP a longo prazo.
"O Brasil não tem gás natural. O gás é da Bolívia e não do Brasil", disse o diretor. Ele afirmou que a Petrobras tem petróleo pesado em excesso que é exportado e, com o futuro refino deste óleo, irá produzir mais matéria-prima para o setor de gás de cozinha. "O GLP é brasileiro", concluiu.
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