Pesquisa abre caminhos para desenvolvimento de métodos para descontaminação ambiental em caso de vazamentos de petróleo no mar.
RedaçãoNem todo o petróleo bruto que chega aos mares do planeta causa impactos negativos na vida marinha. No caso do petróleo liberado naturalmente das rochas nos fundos dos oceanos, ele até serve de alimento para a bactéria Alcanivorax borkumensis, que sobrevive única e exclusivamente graças à ingestão do mineral.
De olho nas possibilidades de usar essas biodigestoras de petróleo para o controle de danos ambientais provocados por vazamentos de petróleo, um grupo de cientistas que reuniu alemães, espanhóis e italianos conseguiu desvendar o genoma da bactéria. Entender com as bactérias descobertas por pesquisadores do Centro Helmoltz de Pesquisas em Infecções, na Alemanha , trabalham do ponto de vista bioquímico, passou a ser uma pergunta científica relevante. Se as respostas ainda não estão completas, um artigo publicado na edição atual da revista Nature Biotechnology mostra que um avanço significativo foi obtido.
Na avaliação dos integrantes do grupo de cientistas, com o genoma da bactéria está dado o primeiro passo para que, no futuro, com base em sua bioquímica, métodos eficientes de descontaminação ambiental, voltados para os vazamentos de petróleo no mar, possam ser desenvolvidos. Com os dados genéticos nas mãos, os pesquisadores podem afirmar que a bactéria A. borkumensis apresenta um grande arsenal enzimático voltado para a quebra das moléculas do petróleo cru. Além desse conhecimento específico, o genoma agora decifrado poderá ter outras utilidades.
Uma delas, explicam os cientistas, é entender, em um aspecto mais geral, como as bactérias sobrevivem. Em alguns casos, descobertas nesse campo podem até ajudar no controle das infecções microbianas, explica Peter Golyshin, coordenador da pesquisa, em comunicado da instituição alemã.
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