Petrobras

Graça diz que P-74 terá de ser entregue no prazo

Presidente do EBR garantiu conclusão em 34 meses.

Jornal do Commercio
12/04/2013 13:11
Visualizações: 164

 

De olho na execução do plano de investimentos de R$ 236 bilhões até 2020, a presidente da Petrobras, Graça Foster, não estava brincando ao apontar para seu relógio de pulso e prevenir, minutos antes das 12h, nesta quinta-feira (11), na sede da Federação das Indústrias (Fiergs), em Porto Alegre. “O tempo já começou a contar para a entrega da P-74. Meu relógio começou a correr”, avisou Graça Foster aos diretores da Estaleiros do Brasil (EBR), que assinaram o contrato para montar a plataforma em São José do Norte. Mas a EBR tem tempo (a entrega é em 2016). Quem está com os prazos estrangulados são os construtores e integradores de outros três projetos (P-55, P-58 e P-63), em fase final de montagem em Rio Grande, com as conclusões agendadas entre julho e novembro deste ano. Do plano total, 62% será injetado na produção.
Graça Foster foi à cidade na quinta-feira para fazer o que chamou de “checklist” dos trabalhos. “Falando em petróleo, governador (Tarso Genro), o senhor já viu a responsabilidade que tem na curva”, direcionou a Tarso, em meio à apresentação da escalada da produção de óleo amarrada com a operação de novas bases. A “curva” traduz a meta de sair de produção de quase de 2,15 milhões de barris ao dia (produção máxima alcançada recentemente) em 2013 para 4,2 milhões de barris ao dia em 2020. A nova capacidade tentará alimentar as refinarias existentes e novas em execução e a serem concluídas em sete anos. Com crescimento da demanda por combustíveis de 4,2% ao ano, a estatal tenta reduzir a dependência de importações de derivados, que geram hoje queda de rentabilidade. Até 2015, a capacidade de processamento da Petrobras será de 2,4 milhões de barris ao dia, enquanto o mercado comprará 3,4 milhões. “Temos uma folga de 972 mil barris ao dia para ser coberta por novas refinarias até 2020”, aponta o diretor de exploração e produção, José Miranda Formigli Filho.
Das sete bases previstas para serem entregues este ano, três estão nos estaleiros de Rio Grande. As três unidades ampliarão em 500 mil barris a produção diária da companhia. A P-63 será convertida em plataforma no estaleiro Honório Bicalho (Quip) e entra em operação em 15 de julho. A P-55 (modelo semissubmersível) reforçará as bases da Bacia de Campos em 30 de setembro. A última a ser colocada em produção será a P-58, em 30 de novembro. O estado terá papel fundamental na execução do plano. A dirigente admitiu pequenos atrasos no cronograma, que até 2017 envolve 25 Unidades de Exploração e Produção (UEPs). Entre 2013 e 2020, o volume global será de 38 UEPs.
A dirigente já percorreu Rio de Janeiro e São Paulo para mostrar a evolução dos projetos. Os estados estão entre os principais na construção de plataformas e instalação. Após divulgar a P-74, a primeira a ser concluída para explorar o pré-sal na cessão onerosa, para a EBR, a estatal entregou a P-76 à Technip, que fará o projeto no Pontal do Paraná. Questionada por uma plateia lotada de empresários e dirigentes do setor metalmecânico, ela garantiu que a busca de fornecedores seguirá as regras de 65% de itens nacionais, incluída no programa de recomposição da indústria naval e oceânica, lançada no governo Lula. Devido a atrasos na conclusão de outras plataformas, a dirigente admitiu que foram acionadas flexibilidades para cumprir metas, usando serviços de fornecedores internacionais.
O presidente em exercício da Fiergs, Antônio Roso, solicitou que a estatal recoloque entre seus projetos a implantação do terminal de regaiseficação de GNL (gás natural liquefeito). “A região Sul necessita de maior oferta desse insumo, não só por segurança para o sistema elétrico como para ampliar a competitividade industrial”, frisou Roso. A executiva condicionou incluir a base, cujo local chegou a ser cogitado entre Tramandaí e Rio Grande, à garantia de economicidade. O diretor de abastecimento da companhia, José Carlos Consenza, explicou que protocolos firmados com parceiros internacionais (um deles inclui o estado) apontarão até o fim do ano a viabilidade.
Executiva descartou aumento do preço da gasolina no curto prazo
A presidente da Petrobras, Graça Foster, descartou aumento de preço da gasolina nas refinarias no curto prazo. Ela repetiu o que já declara desde o começo da semana, que a companhia busca convergência de valores do mercado internacional e do local. A executiva citou que em 10 meses foram feitos dois reajustes da gasolina, somando 14,9%, e quatro de diesel, que acumulou 21,9%. “Não há previsão de aumento de preço de preço de combustíveis por ora, não digo que não teremos no médio e longo prazo”, explicitou a presidente. Ajustes de cotações no mercado internacional não serão repassados automaticamente. “Se não fosse pela depreciação do real, estaríamos em convergência com o mercado doméstico”, justificou.
A empresa busca eficiência na produção local para manter a redução das importações. No primeiro trimestre de 2013, a companhia obteve o primeiro saldo líquido com menor importação. A produção diária chegou a 2,149 milhões de barris, levando a uma redução de 10 mil a 15 mil barris importados, com volume global caindo a 240 mil a 245 mil barris.
O diretor de abastecimento, José Carlos Consenza, evitou projetar como será a resposta das 12 refinarias em operação, que receberam nos últimos cinco anos investimentos para elevar a produtividade e eficiência. “Estudamos o parque de refino para tirar o máximo possível”, resumiu Consenza, que chegou a ser provocado por Graça Foster a dimensionar o comportamento da produção.
EBR e Iesa acertam preparação para construção da P-74
A EBR começou a terraplenagem em São José do Norte, Sul do estado, e começará em novembro a construção da P-74, avaliada em US$ 741 milhões (R$ 1,5 bilhão). O presidente do estaleiro, Alberto Padilla, garantiu a conclusão no prazo de 34 meses, cuja largada foi nesta quinta-feira. O auge da execução será em 2014, quando 2,5 mil pessoas estarão mobilizadas. Padilla descarta problemas na oferta de mão de obra. Ele cita que muitos residentes no município que migraram para vagas nos empreendimentos de Rio Grande deverão se candidatar na EBR. A empresa (consórcio Setal e Toyo) poderá construir duas plataformas simultâneas, pois disputa a P-75 e P-77.
Em Charqueadas, a Iesa monta, a partir de maio, os primeiros módulos do pacote de 24 contratado pela estatal. O diretor de operações da empresa, Fleury Pissaia, reforçou que o cumprimento de prazo é a maior preocupação do empreendimento. “A primeira encomenda de quatro unidades se destina à P-66 e deve ser entregue em 19 de julho de 2014. É o prazo que está na agenda da presidente da Petrobras e temos de cumpri-lo”, descreveu o executivo. A multa por atraso é de 30% do valor global, que é de US$ 720 milhões, ou R$ 1,4 bilhão. O restante dos 24 módulos será entregue até 2016.

De olho na execução do plano de investimentos de R$ 236 bilhões até 2020, a presidente da Petrobras, Graça Foster, não estava brincando ao apontar para seu relógio de pulso e prevenir, minutos antes das 12h, nesta quinta-feira (11), na sede da Federação das Indústrias (Fiergs), em Porto Alegre. “O tempo já começou a contar para a entrega da P-74. Meu relógio começou a correr”, avisou Graça Foster aos diretores da Estaleiros do Brasil (EBR), que assinaram o contrato para montar a plataforma em São José do Norte. Mas a EBR tem tempo (a entrega é em 2016). Quem está com os prazos estrangulados são os construtores e integradores de outros três projetos (P-55, P-58 e P-63), em fase final de montagem em Rio Grande, com as conclusões agendadas entre julho e novembro deste ano. Do plano total, 62% será injetado na produção.


Graça Foster foi à cidade na quinta-feira para fazer o que chamou de “checklist” dos trabalhos. “Falando em petróleo, governador (Tarso Genro), o senhor já viu a responsabilidade que tem na curva”, direcionou a Tarso, em meio à apresentação da escalada da produção de óleo amarrada com a operação de novas bases. A “curva” traduz a meta de sair de produção de quase de 2,15 milhões de barris ao dia (produção máxima alcançada recentemente) em 2013 para 4,2 milhões de barris ao dia em 2020. A nova capacidade tentará alimentar as refinarias existentes e novas em execução e a serem concluídas em sete anos. Com crescimento da demanda por combustíveis de 4,2% ao ano, a estatal tenta reduzir a dependência de importações de derivados, que geram hoje queda de rentabilidade. Até 2015, a capacidade de processamento da Petrobras será de 2,4 milhões de barris ao dia, enquanto o mercado comprará 3,4 milhões. “Temos uma folga de 972 mil barris ao dia para ser coberta por novas refinarias até 2020”, aponta o diretor de exploração e produção, José Miranda Formigli Filho.


Das sete bases previstas para serem entregues este ano, três estão nos estaleiros de Rio Grande. As três unidades ampliarão em 500 mil barris a produção diária da companhia. A P-63 será convertida em plataforma no estaleiro Honório Bicalho (Quip) e entra em operação em 15 de julho. A P-55 (modelo semissubmersível) reforçará as bases da Bacia de Campos em 30 de setembro. A última a ser colocada em produção será a P-58, em 30 de novembro. O estado terá papel fundamental na execução do plano. A dirigente admitiu pequenos atrasos no cronograma, que até 2017 envolve 25 Unidades de Exploração e Produção (UEPs). Entre 2013 e 2020, o volume global será de 38 UEPs.


A dirigente já percorreu Rio de Janeiro e São Paulo para mostrar a evolução dos projetos. Os estados estão entre os principais na construção de plataformas e instalação. Após divulgar a P-74, a primeira a ser concluída para explorar o pré-sal na cessão onerosa, para a EBR, a estatal entregou a P-76 à Technip, que fará o projeto no Pontal do Paraná. Questionada por uma plateia lotada de empresários e dirigentes do setor metalmecânico, ela garantiu que a busca de fornecedores seguirá as regras de 65% de itens nacionais, incluída no programa de recomposição da indústria naval e oceânica, lançada no governo Lula. Devido a atrasos na conclusão de outras plataformas, a dirigente admitiu que foram acionadas flexibilidades para cumprir metas, usando serviços de fornecedores internacionais.


O presidente em exercício da Fiergs, Antônio Roso, solicitou que a estatal recoloque entre seus projetos a implantação do terminal de regaiseficação de GNL (gás natural liquefeito). “A região Sul necessita de maior oferta desse insumo, não só por segurança para o sistema elétrico como para ampliar a competitividade industrial”, frisou Roso. A executiva condicionou incluir a base, cujo local chegou a ser cogitado entre Tramandaí e Rio Grande, à garantia de economicidade. O diretor de abastecimento da companhia, José Carlos Consenza, explicou que protocolos firmados com parceiros internacionais (um deles inclui o estado) apontarão até o fim do ano a viabilidade.



Executiva descartou aumento do preço da gasolina no curto prazo


A presidente da Petrobras, Graça Foster, descartou aumento de preço da gasolina nas refinarias no curto prazo. Ela repetiu o que já declara desde o começo da semana, que a companhia busca convergência de valores do mercado internacional e do local. A executiva citou que em 10 meses foram feitos dois reajustes da gasolina, somando 14,9%, e quatro de diesel, que acumulou 21,9%. “Não há previsão de aumento de preço de preço de combustíveis por ora, não digo que não teremos no médio e longo prazo”, explicitou a presidente. Ajustes de cotações no mercado internacional não serão repassados automaticamente. “Se não fosse pela depreciação do real, estaríamos em convergência com o mercado doméstico”, justificou.


A empresa busca eficiência na produção local para manter a redução das importações. No primeiro trimestre de 2013, a companhia obteve o primeiro saldo líquido com menor importação. A produção diária chegou a 2,149 milhões de barris, levando a uma redução de 10 mil a 15 mil barris importados, com volume global caindo a 240 mil a 245 mil barris.


O diretor de abastecimento, José Carlos Consenza, evitou projetar como será a resposta das 12 refinarias em operação, que receberam nos últimos cinco anos investimentos para elevar a produtividade e eficiência. “Estudamos o parque de refino para tirar o máximo possível”, resumiu Consenza, que chegou a ser provocado por Graça Foster a dimensionar o comportamento da produção.



EBR e Iesa acertam preparação para construção da P-74


A EBR começou a terraplenagem em São José do Norte, Sul do estado, e começará em novembro a construção da P-74, avaliada em US$ 741 milhões (R$ 1,5 bilhão). O presidente do estaleiro, Alberto Padilla, garantiu a conclusão no prazo de 34 meses, cuja largada foi nesta quinta-feira. O auge da execução será em 2014, quando 2,5 mil pessoas estarão mobilizadas. Padilla descarta problemas na oferta de mão de obra. Ele cita que muitos residentes no município que migraram para vagas nos empreendimentos de Rio Grande deverão se candidatar na EBR. A empresa (consórcio Setal e Toyo) poderá construir duas plataformas simultâneas, pois disputa a P-75 e P-77.


Em Charqueadas, a Iesa monta, a partir de maio, os primeiros módulos do pacote de 24 contratado pela estatal. O diretor de operações da empresa, Fleury Pissaia, reforçou que o cumprimento de prazo é a maior preocupação do empreendimento. “A primeira encomenda de quatro unidades se destina à P-66 e deve ser entregue em 19 de julho de 2014. É o prazo que está na agenda da presidente da Petrobras e temos de cumpri-lo”, descreveu o executivo. A multa por atraso é de 30% do valor global, que é de US$ 720 milhões, ou R$ 1,4 bilhão. O restante dos 24 módulos será entregue até 2016.

 

Mais Lidas De Hoje
Veja Também
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

13