O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse que o governo não cogita a hipótese de adiamento do processo de capitalização da Petrobras para o próximo ano.
Questionado sobre a resistência de parte do governo quanto à manutenção do cronograma da operação, prevista para ocorrer em setembro, Zimmermann foi taxativo: "eu desconheço".
O ministro evitou dar detalhes sobre a operação. Ele apenas reiterou a expectativa de que amanhã a Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgue o preço do barril calculado pela certificadora contratada para avaliar as reservas da União no pré-sal, valor que será usado como referência para a cessão onerosa de até 5 bilhões de barris para a Petrobras.
"Em tudo que se refere à capitalização está havendo muito barulho. Isso atrapalha. É melhor deixar correr", afirmou, evitando tecer comentários sobre o processo. Zimmermann disse apenas que mantém a posição de que o preço do barril na cessão onerosa deve ficar entre US$ 5 e US$ 10, mas afirmou que ainda não há condições de se saber para qual extremo o preço final da cessão onerosa irá se aproximar.