Combustíveis

Governo desiste de retirar o álcool hidratado do mercado

Gazeta Mercantil
14/06/2006 03:00
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Está praticamente descartado um projeto da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para acabar com a produção de álcool hidratado (vendido nos postos), substituindo-o pelo álcool anidro (utilizado na mistura com a gasolina) e que poderia reduzir o preço do combustível em cerca de 5%. Apesar de os estudos, iniciados no início deste ano, mostrarem que o projeto é viável tecnicamente, a idéia será abandonada por outro motivo: a prática de fraude.

"A substituição seria benéfica tanto para quem vende quanto para quem compra, mas abre uma maior possibilidade de adulteração do produto, o que prejudicaria o consumidor", explicou o superintendente de Abastecimento da ANP, Roberto Ardenghy. Acabar com o álcool no qual é adicionada água poderia causar feito inverso.

Para aumentar a quantidade do produto, produtores e distribuidores poderiam "molhá-lo", acrescentando água em quantidade indiscriminada, o que prejudicaria o funcionamento dos carros. "São mais de 35 mil postos em todo o País e, por isso, seria muito difícil ficalizar a adição da água. Infelizmente, teremos que congelar uma boa idéia", observou Ardenghy.

A principal vantagem da unificação dos dois tipos de álcool seria logística. Não seriam mais necessárias duas estruturas separadas para armazenamento e transporte do produto. "O álcool hidratado nada mais é do que o anidro que recebe a mistura de uma determinada quantidade de água. Essa facilitação logística representaria economia no final da cadeia", acredita o superintendente.

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