Mercosul

Governo argentino pressiona Petrobras a investir

Valor Econômico
15/09/2004 03:00
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A Petrobras está sendo fortemente pressionada pelo governo argentino para que realize investimentos no país mesmo com as condições incertas impostas às concessionárias de serviços públicos. O Valor apurou que o governo chegou a ameaçar com a retirada da concessão da Transportadora de Gas del Sur (TGS), controlada pela estatal brasileira, caso a empresa não confirme investimentos para a ampliação de um gasoduto.
A ameaça está sendo usada como forma de conseguir uma solução rápida para uma obra da qual depende a normalidade do abastecimento de gás no país a partir do ano que vem. Neste ano, a Argentina teve problemas com escassez de gás e diminuiu as exportações ao Chile e ao Uruguai, além de racionar o fornecimento a empresas.
Na semana passada, durante visita do ministro da Economia argentino, Roberto Lavagna, a Brasília, o governo brasileiro teria se comprometido a liberar US$ 200 milhões para a obra, que seria financiada pelo BNDES.
As autoridades argentinas queriam que o investimento fosse feito diretamente pela Petrobras, o que eliminaria a necessidade de obter garantias para a concessão do crédito e concentraria o risco do investimento nas mãos da empresa.
Via BNDES, o empréstimo terá de ser liberado por meio do convênio de crédito recíproco (CCR), o que significa, em última instância, que o banco central argentino precisa endossar a operação.
A maneira de viabilizar a liberação do dinheiro ainda está sendo negociada entre os dois governos e a Petrobras, mas Lavagna disse, depois da viagem a Brasília, que o governo argentino vai encaminhar ao Congresso um projeto de lei para criar um fundo para financiar a operação. Esse dinheiro seria usado como garantia para que o BC argentino possa dar o aval para o crédito do BNDES.

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