Previsões para o lucro líquido da estatal caíram 1,4% este ano.
Valor Online
O resultado do segundo trimestre da Petrobras fez o Goldman Sachs reduzir suas projeções para o restante do ano, mas, apesar de os números terem ficado abaixo do esperado pelo banco, relatório divulgado nesta segunda-feira ressalta a futura queda nas importações de petróleo e na posição de caixa acima das estimativas no período.
Os analistas Felipe Mattar, Sergio Conti, Bruno Pascon e Thiago Auzier, que assinam o texto, atualizaram seu modelo e reduziram o preço-alvo para as ações preferenciais da empresa de R$ 24,20 para R$ 24 e das ordinárias de R$ 23,30 para R$ 23,10. Os potenciais de valorização ante o fechamento de sexta-feira são de 24,3% e 27,3%, respectivamente. A recomendação foi mantida em neutra.
Além disso, as perspectivas da instituição para o lucro líquido da estatal para este ano caíram 1,4 %, para R$ 20,75 bilhões.
O cálculo para a receita líquida ficou estável em R$ 331,41 bilhões e para o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) houve corte de 0,7%, para R$ 68,29 bilhões.
O Goldman afirma que, apesar de o balanço ter vindo pior do que se esperava, o aumento das importações abriu caminho para forte redução na segunda metade de 2014.
“Os custos aparecem no segundo trimestre, mas as receitas serão contabilizadas no terceiro”, dizem os analistas.
O relatório também aponta para posição de caixa de R$ 66,4 bilhões, acima dos R$ 49,1 bilhões previstos pelo banco, em grande parte porque a Petrobras reduziu seus investimentos.
De abril a junho, a alocação de recursos ficou em R$ 20,9 bilhões, menor do que os R$ 30,7 bilhões projetados.
O texto mostra ainda que a estimativa de produção da estatal foi mantida. O Goldman acredita em alta de 6% contra o ano passado, para 2,05 milhão de barris por dia.
Mesmo assim, o aumento ficaria abaixo do piso da meta da própria empresa, que é de crescer no mínimo 6,5%.
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