Termelétrica

Geração de usinas térmicas cai 37,7% em março

Desligamento de usinas de custo mais elevado é a principal causa da redução; eólicas seguem como destaque e aumentam produção de energia em 60,4%.

CCEE/Redação
28/03/2016 14:00
Geração de usinas térmicas cai 37,7% em março Imagem: Agência Petrobras Visualizações: 463

Dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 22 de março apontam queda de 37,7% na geração das usinas térmicas, na comparação com o mesmo período de 2015. As informações constam na mais recente edição do boletim InfoMercado Semanal, da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, que traz dados de geração e consumo de energia, além da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais.

O índice é reflexo da queda na produção das usinas a óleo (-82%), gás (-50,3%) e bicombustível (-20,1%), provocada principalmente pelo desligamento das usinas de custo mais elevado, após decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), do qual a CCEE faz parte.

Em março, a análise do desempenho da geração indica a entrega de 64.787 MW médios de energia ao Sistema Interligado Nacional – SIN com destaque para o aumento de 60,4% na produção das usinas eólicas. As usinas hidráulicas, que incluem as Pequenas Centrais Hidrelétricas, produziram 52.147 MW médios, montante 10,7% maior do que o registrado em 2015. A representatividade da fonte chegou a 80,5% de toda energia gerada no país, índice 7,8 pontos percentuais superior ao do ano passado.

Já o consumo de energia, que somou 62.299 MW médios, ficou praticamente estável (+0,1%) na comparação com o ano anterior. No mercado cativo – ACR, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, houve aumento de 1% no consumo, enquanto no mercado livre – ACL, no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, queda de -2,4%.

Dentre os ramos de atividade industrial analisados pela CCEE, que considera dados dos autoprodutores, consumidores livres e especiais, houve aumento no consumo dos setores de comércio (+6,8%), madeira, papel e celulose (+6,7%), saneamento (+6,2%) e alimentício (+5,7%), crescimento vinculado à migração dos consumidores para o ACL. A retração no consumo foi registrada nos ramos de extração de minerais metálicos (-11,7%), minerais não metálicos (-8,6%) e veículos (-6,6%).

O InfoMercado Semanal também apresenta estimativa de que as usinas hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia – MRE gerem, até a quarta semana de março, o equivalente a 95,7% de suas garantias físicas, ou 50.996 MW médios em energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, este percentual foi de 100,8%.

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