Mercado externo leva Petrobras a reduzir poluente

Disposta a reduzir as emissões de poluentes do combustível comercializado no país e abocanhar uma fatia do mercado internacional, a Petrobras já trabalha, desde o final do ano passado, em um programa destinado à redução do teor de enxofre de sua gasolina. Para isso, deverá desembolsar US$ 1,7 bilhão, até o fim desta década, para baixar de 1 mil PPMs (partes por milhão) para 50 PPMs o teor de enxofre da gasolina. A empresa deverá investir um total de US$ 3,4 bilhões até 2010 para adequar o combustível aos padrões dos mercados americano e da União Européia.
Somente o programa para a gasolina prevê a implantação de 11 novas unidades de hidrotratamento da gasolina nas refinarias. Uma equipe da Petrobras já começou a trabalhar em um programa de cooperação tecnológica com a francesa Axxen, que prevê a transferência da tecnologia de hidrotratamento de gasolina. Atualmente, a Petrobras já exporta parte da gasolina que produz para o mercado externo, mais especificamente para países da África e América Central.
Ontem, a empresa lançou o Diesel 500, novo produto desenvolvido a partir do programa de redução do teor de enxofre desse derivado. Com previsão de ser comercializado a um preço R$ 0,20 mais caro - o equivalente a 1,9% a mais -, o Diesel 500 será inicialmente comercializado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, consideradas as mais poluídas do país.