O Estado de S. Paulo
O gasoduto Urucu-Coari-Manaus (AM), cujas obras foram visitadas ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ser concluído mais de um ano e meio após o previsto inicialmente. A obra, de 670 quilômetros de extensão, foi iniciada em junho de 2006, com previsão de entrega para março de 2008.
Em entrevista em Manaus dada anteontem, a diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Maria das Graças Foster, anunciou que o gasoduto deve entrar em operação até setembro de 2009, com custos totais de R$ 3,5 bilhões.
A empresa atribui o atraso às dificuldades características da região - como o excesso de chuvas, que atrapalha as obras, e o acesso mais complicado por questões ambientais. A Petrobrás enfrentou ainda dificuldades na fase de licitação, em 2005. O processo foi cancelado mais de uma vez, porque a empresa havia considerado os preços elevados.
O gasoduto Urucu-Coari-Manaus viabilizará o transporte inicial de 5,5 milhões de m³ de gás natural ao mercado amazonense. A reserva estimada em Urucu é de aproximadamente 52 bilhões de m³. E já há previsão de elevar a pressão no duto para poder transportar até 10 milhões de m³ por dia, já que hoje o campo de Urucu poderia produzir 9 milhões diários. O governo do Amazonas acredita que o volume extra poderá possibilitar a instalação de um pólo petroquímico na região.
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