O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, negou ontem que esteja em estudo aumentar em breve o preço da gasolina. Ele disse não ter falado sobre isso em entrevista ontem.
"Eu não disse isso. Acabei de ouvir no CD. Não disse isso na entrevista. O que eu disse foi o seguinte: ´Nós temos um estrangulamento físico na capacidade de crescer a produção de gasolina no Brasil. Nossas refinarias estão no limite da capacidade. Nós não temos como. A não ser que entrem novas unidades, não é possível produzir mais gasolina. Pode produzir outras coisas. Diesel, estamos produzindo mais. Mas não podemos produzir mais gasolina".
Em consequência, acrescentou Gabrielli, "se houver um aumento da demanda, como não vai faltar gasolina no Brasil, vai haver importação da gasolina".
"Aí foi perguntado se vai haver variação de preço. Eu disse: ´não´. Evidentemente, se em algum momento os preços internacionais ficarem estáveis, relativamente estáveis, porque nunca vão ficar totalmente estáveis, vamos precisar alterar os preços domésticos. Mas não disse que isso é agora, amanhã, daqui a dois anos, dois meses. Não disse nada disso".
Ele afirmou ainda que a Petrobras acompanha o preço internacional no longo prazo desde 2003. "Vamos continuar acompanhando isso no longo prazo no mercado brasileiro. Não sei (em quanto tempo será preciso reajustar a gasolina). Depende da variação".