Gás natural

Fornecimento gera preocupação

A questão do fornecimento de gás natural para as termelétricas vem gerando preocupações no setor. A questão ficou mais evidente em dezembro do ano passado, quando o Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu realizar, entre os dias 10 e 22 daquele mês, testes de disponibilida

Jornal do Commercio
04/06/2007 03:00
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A questão do fornecimento de gás natural para as termelétricas vem gerando preocupações no setor. A questão ficou mais evidente em dezembro do ano passado, quando o Conselho de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu realizar, entre os dias 10 e 22 daquele mês, testes de disponibilidade em 13 usinas termelétricas. Somadas, as usinas tinham capacidade instalada de 8.020 MW, mas conseguiram fornecer, em média, 4.395 MW. O défict de 3.624 megawatts (MW) apresentado nos testes em 13 usinas termelétricas, feitos no final de dezembro, pode refletir, no médio prazo, no bolso do consumidor. Mesmo que todas as térmicas, normalmente, não sejam despachadas ao mesmo tempo, como fez o teste, em uma situação de emergência, poderia ocorrer problemas, aponta o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires. "Daqui até 2010, andaremos na ponta da faca. Se não tiver energia, teremos que torcer para que chova, que o crescimento não seja tão acelerado, que não haja problemas de fornecimento de gás da Bolívia. No racionamento em 2001, tivemos um bom período de chuvas em 2000, mas uma seca violenta depois", lembra. O resultado do teste,apontam especialistas, pode ter influenciado na decisão da Aneel em exigir da Petrobras garantia de fornecimento de gás para algumas termelétricas do sistema. Ambas assinaram termo de compromisso estabelecendo o cronograma de oferta de combustíveis para 24 usinas termelétricas no período 2007/2011. Com isso, a Petrobras se comprometeu com uma determinada oferta de gás para produção de energia. Caso não cumpra, terá penalidades. O termo de compromisso permite a inclusão de 17 empreendimentos termelétricos a gás e de sete usinas que utilizam outros combustíveis no planejamento de longo prazo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Pela programação do cronograma de oferta de combustíveis acordado, os 24 empreendimentos terão, no total, disponibilidade média de geração de 2.200,1 MW no primeiro semestre de 2007, montante este que deverá saltar para 6.737,7 MW médios no primeiro semestre de 2011. No termo de compromisso, a Petrobras estabelece um cronograma semestral de ajuste no fornecimento da energia gerada a partir das unidades térmicas. Com o acordo, a primeira reavaliação da real capacidade de geração térmica deverá ser feita no final de junho de 2007.

Fonte: Jornal do Commercio

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