Valor Econômico
O gasoduto Bolívia-Brasil está perto de atingir sua capacidade máxima de transporte de gás natural: 30 milhões de metros cúbicos por dia. O diretor-superintendente da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), Ricardo Salomão, estimou ontem que a plena capacidade de transporte será atingida no fim deste ano. A situação deverá frear o consumo em algumas regiões.
A conjuntura na Bolívia está fazendo com que o sistema chegue à sua capacidade máxima sem que haja novas previsões de investimentos em expansão. Segundo Salomão, ainda não há data para a retomada da execução de projetos.
Para o superintende da TBG, a situação na Bolívia por enquanto não permite uma visibilidade do futuro próximo. Neste momento, há somente idéias de projetos, mas nada está sendo executado. Hoje, explica Salomão, a situação é de um mercado que está demandando gás natural no Brasil. Porém, não há a garantia de suprimento para toda essa demanda, embora já estejam ocorrendo investimentos pesados da Petrobras na Bacia de Campos, Santos e no Espírito Santo para diminuição da dependência do gás da Bolívia.
Salomão acredita, no entanto, que a situação será normalizada porque há negociações em andamento e a conjuntura não só prejudicaria o Brasil, como também na sua visão, seria um grande problema para a Bolívia uma eventual interrupção do fornecimento.
Sem investir em expansão e chegando à capacidade total, a
A chegada à plena capacidade também está levando a TBG a investir US$ 9 milhões na compra de novos equipamentos. Ao chegar no limite, o sistema necessita que existam máquinas reservas para sua confiabilidade. Há cidades como Corumbá, no Centro-Oeste, por onde também passa o gasoduto, onde os equipamentos existentes já estão operando em plena capacidade.
Ontem, na divisa dos municípios de Biguaçu e Antônio Carlos (SC), a TBG realizou um exercício de simulação de vazamento de gás para treinamento de funcionários e equipes da defesa civil.
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