Valor Online
A indústria de plástico brasileira está sofrendo com os reajustes nos preços das resinas termoplásticas. A Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) divulgou hoje um comunicado em que afirma que o setor vive um círculo vicioso que o leva "à iminência de parar".
"Estamos lançando um alerta", diz Merheg Cachum, presidente da Abiplast, lembrando que as 11,2 mil indústrias de plástico estão espremidas entre gigantes do setor petroquímico e grandes indústrias de bens de consumo. A entidade argumenta que as matérias-primas usadas pelo setor tiveram reajustes "estratosféricos", o que dificulta o repasse dos aumentos ao longo da cadeia.
A entidade cita diversos aumentos de preços para exemplificar a situação. Segundo a Abiplast, o Polietileno de Baixa Densidade (PEBD) subiu 44,93% nos últimos 12 meses, enquanto o Polietileno Linear de Baixa Densidade (PEBDL) aumentou 41,84% e o Polietileno de Alta Densidade (PEAD) teve alta de 45,34%. Ainda de acordo com a associação, o preço do Polipropileno (PP) aumentou 45,87% em 12 meses, enquanto o Poliestireno (PS) subiu 28,8%.
Como alternativas diante dos aumentos, a Abiplast pede que o governo reduza para zero as alíquotas de importação destas matérias-primas, ou que amplie para 90 dias o prazo de pagamento dos tributos federais e estaduais. Segundo Cachum, os preços das resinas praticados no Brasil são os mais altos do mundo e superam em cerca de 30% o valor cobrado no mercado internacional.
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