Decisão

EUA anunciam fim de moratória à exploração de petróleo no oceano

Depois de seis meses de vigência, a moratória de exploração de petróleo em águas profundas do Golfo do México deverá cair nos próximos dias, informou ontem o Departamento do Interior dos Estados Unidos. A proibição da atividade foi a primeira resposta da Casa Branca ao vazamento contínuo

Redação/ Agências
13/10/2010 13:13
EUA anunciam fim de moratória à exploração de petróleo no oceano Visualizações: 154
Depois de seis meses de vigência, a moratória de exploração de petróleo em águas profundas do Golfo do México deverá cair nos próximos dias, informou ontem o Departamento do Interior dos Estados Unidos. A proibição da atividade foi a primeira resposta da Casa Branca ao vazamento contínuo de petróleo após a explosão da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum, considerado o maior acidente ambiental da história americana.


O fim da moratória estava previsto para o próximo dia 30 de novembro. A antecipação ocorreu, principalmente, por causa da pressão da elevada taxa de desemprego - média de 9,6% em setembro - sobre o governo americano em um período eleitoral. Em novembro, o país escolherá deputados e senadores, além de parte dos governadores estaduais, em uma eleição considerada como referendo da administração federal.


A paralisação de cerca de 35 plataformas em águas americanas do Golfo do México custou pelo menos 23 mil postos de trabalho diretos e indiretos, segundo estimativas do Escritório de Administração da Energia do Oceano e de Regulação dos EUA.


Ao anunciar ontem a antecipação do fim da moratória, o secretário do Interior, Ken Salazar, assinalou a adoção de novas regras e certificações de segurança para a extração de petróleo no Golfo do México, desde agosto passado, com o objetivo de prevenir novos desastres ambientais. Porém, ele mesmo reconheceu que, "na verdade, sempre haverá riscos associados à exploração em águas profundas".


"Nós fizemos e continuamos a fazer significantes progressos na redução de riscos associados à exploração de petróleo e de gás em águas profundas", afirmou Salazar. "A indústria de petróleo e de gás vai operar sob normas estreitas, forte inspeção e regulação ambiental, que serão dinâmicos, com base nas reformas que nós já adotamos", completou.


A explosão da plataforma Deepwater Horizon provocou a morte de 11 trabalhadores da BP e o vazamento, ao longo de 86 dias, de um total de 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México. O acidente teve um impacto colossal sobre o meio ambiente e a economia da região, agravado pelos métodos e produtos tóxicos usados nas semanas seguintes para a dispersão do óleo. Oito parques nacionais e quase 16 mil espécies de aves e de animais marinhos foram atingidos.


Críticas. O governo do presidente Barack Obama foi duramente criticado por organizações ambientais e pela oposição republicana por ter demorado a perceber o tamanho e a repercussão da tragédia na região.


Apenas em meados de junho, a Casa Branca começou a reagir. Primeiro, com a pressão para que a BP criasse um fundo de US$ 20 bilhões para o pagamento de indenizações aos setores afetados- em especial, a pesca e o turismo. Depois, com a adoção da nova regulação sobre a exploração de petróleo no Golfo do México, após críticas sobre a relação entre a fiscalização do governo e as empresas.
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