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HOUSTON - O diretor de Exploracao e Producao da
Petrobras, Guilherme Estrella, garantiu nesta
terca-feira (2/5) que nao a nacionalizacao das
reservas de gas bolivianas nao ameacam o abastecimento
do mercado brasileiro. A afirmacao foi feita durante
entrevista na Offshore Technology Conference (OTC),
realizada na cidade americana de Houston.
O executivo lembrou que o decreto assinado pelo
presidente da Bolivia, Evo Morales, estipula o prazo
de 180 dias para que as empresas se adaptem as novas
condicoes. A principal delas e a participacao de 50%
mais um de participacao do governo local em todos os
empreendimentos controlados hoje por operadoras
multinacionais. O Brasil importa diariamente 26
milhoes de metros cubicos de gas, que correspondem a
metade do consumo do mercado nacional.
"O fornecimento (para o Brasil) vai continuar. Em
nenhum momento o governo boliviano levantou a
possibilidade disso (o desabastecimento) acontecer.
Existem interesses comuns. Eles sao produtores e nos
somos compradores desse gas. Entao, nao vejo nenhum
obstaculo para ambas as partes chegarem a uma solucao
que contemple os dois interesses", disse.
Estrella descartou a possibilidade de antecipar a
producao no campo gasifero de Mexilhao, na Bacia de
Campos, por causa do impasse na Bolivia. De acordo com
o cronograma da estatal, o local so devera entrar em
operacao em 2008. "Antecipar Mexilhao e muito dificil.
O mercado esta muito aquecido. Nem e problema de
preco, mas de disponibilidade de equipamento,
principalmente de navios lancadores de gasodutos, uma
vez que so existem dois navios no mundo que podem
fazer esse servico."