Brasil/China

Estatal chinesa de petróleo quer investir em gasoduto entre Rio e Bahia

A Sinopec, estatal chinesa de petróleo, está interessada em investir no gasoduto que vai ligar o norte do Rio de Janeiro à Bahia, passando pelo Espírito Santo. O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, que firmou acordo de parceria ontem com a Sinopec, disse que o Eximbank da China poderá

Valor Econômico
25/05/2004 03:00
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A Sinopec, estatal chinesa de petróleo, está interessada em investir no gasoduto que vai ligar o norte do Rio de Janeiro à Bahia, passando pelo Espírito Santo. O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, que firmou acordo de parceria ontem com a Sinopec, disse que o Eximbank da China poderá apresentar proposta para financiar o gasoduto, que começará a ser construído ainda neste ano.
A proposta do Eximbank, cujo braço executor seria a Sinopec, não deverá ser exclusiva "pois estamos trabalhando também com proposta dos japoneses" no projeto do gasoduto, que abastecerá o mercado interno, informou Dutra. Mas essa proposta da Sinopec, assim como a dos japoneses, ainda depende da montagem da estrutura financeira do projeto. O presidente da Petrobras observou que várias empresas estrangeiras estão interessadas em explorar o gás da Bacia de Santos, em parceria com a Petrobras, "inclusive as chinesas."
Essas empresas estariam interessadas em construir uma unidade de liquefação de gás para exportá-lo. "Mas isso tudo ainda é preliminar. Nossa prioridade, sem nenhum viés nacionalista nisso, é abastecer o mercado interno. Se houver excedente de gás e se o preço nos Estados Unidos, até lá, ainda for de US$ 6 por BTU, aí poderá ser implantada a unidade de liquefação", explicou.
Ontem, Dutra já começou a ampliar os acordos de cooperação na China, para onde as exportações de petróleo do Brasil devem quase triplicar neste ano, passando de 5 milhões de barris, em 2003, para 14 milhões. Esse salto já será resultado do acordo firmado ontem com a Sinopec. Se as exportações chegarem a 14 milhões de barris, a China será responsável por 25% dos embarques totais da Petrobras neste ano, ficando atrás apenas de Estados Unidos e Argentina, segundo Dutra.
Ele também iniciou negociações para uma parceria com a China National Offshore Oil Company (CNOOC) para explorar petróleo no mar da China. Técnicos das duas empresas prepararão "um memorando de entendimentos visando parceria, especificamente, para exploração e produção em águas profundas na China e no Brasil."
O acordo com a Sinopec é amplo e tem por objetivo avaliar negócios nas áreas de exploração, produção e refino. Sobre a participação da Sinopec na sexta rodada de licitações da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Dutra explicou que a estatal estava tentando obter credenciamento junto à ANP. Se conseguir, a Petrobras poderá disputar alguns blocos - serão licitados 914 em agosto - com a Sinopec, disse Dutra.
A Petrobras e a Sinopec também vão trabalhar juntas no Equador, onde a brasileira já tem dois blocos de exploração em terra. A Petrobras quis vender esses dois blocos à Sinopec, mas a operação não foi para frente. As duas também vão estar juntas no Irã, onde a Petrobras ganhou recentemente um contrato de prestação de serviço - ou seja, pode explorar e produzir e receberá uma remuneração do governo iraniano.

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