Petrobras

Estatal admite não cumprir investimentos

Jornal do Commercio - PE
02/03/2011 13:18
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A Petrobras pode não cumprir o investimento programado para este ano por causa de atrasos em projetos, admitiu ontem o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, em teleconferência com analistas financeiros. Segundo ele, a exemplo do que aconteceu no ano passado, quando os investimentos ficaram em torno de R$ 76 bilhões, ou 14% menor do que os R$ 88 bilhões previstos anteriormente, “há riscos que ameaçam as metas.”


Os investimentos previstos pela companhia para 2011 somam R$ 93,67 bilhões, o que representa um aumento de 22,6% acima do que foi investido no ano passado, ou 6,4% acima do que estava previsto para ser aplicado em 2010. “Há um sem-número de fatores que estão sempre aí presentes e que podem levar a uma redução ou não realização do total de investimentos. Nós temos informado que 90% dos investimentos é algo bastante factível de ser mantido e é o que certamente será cumprido”, disse, destacando que atrasos com licenciamento ou na realização de licitações são os mais comuns.


Barbassa, no entanto, descartou que estes possíveis atrasos pudessem ser relacionados diretamente com uma perspectiva de menor rentabilidade da companhia. O analista Gustavo Gatass, do UBS Pactual, chegou a perguntar sobre esta possibilidade, durante a teleconferência. O argumento do analista foi no sentido de que se ocorrem atrasos e investimentos são postergados, os projetos demoram mais para entrar em operação e isso traz impactos para o caixa da empresa.


Do total a ser investido pela estatal, a maior parte (R$ 43 bilhões ) é destinada à área de Exploração e Produção, seguida da área de Abastecimento (R$ 37,2 bilhões). Segundo Barbassa, o crescimento dos investimentos na área de Abastecimento (30,5% maior que em 2010 e 113% em relação a 2009) ainda deve se concentrar neste e no próximo ano na modernização de refinarias. Segundo técnicos do setor de Abastecimento, apenas 16% a 17% pertencem a novos projetos. “Somente em 2012 teremos mais de 70% dos investimentos em novos projetos de refinarias”, disse Barbassa.
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