Jornal do Commercio
O governo do Equador e a petrolífera espanhola Repsol YPF chegaram a um acordo que permitirá a permanência da companhia no país, de acordo com uma fonte graduada do Ministério de Mineração e Petróleo equatoriano. “Alcançamos um pacto para um contrato temporário de um ano. Depois disso, o acordo será convertido em contrato de prestação serviços”, disse a fonte à Dow Jones.
Sob os termos do acordo, a Repsol continuará a explorar petróleo no Equador, enquanto o governo aumentará sua participação na produção da commodity, de acordo com a fonte. Em troca, a companhia pagará uma alíquota menor do imposto cobrado sobre os lucros. O imposto será reduzido de 99% para 70%.
Kristian Rix, porta-voz da Repsol, afirmou que o acordo permitirá que a empresa estenda sua presença no país até 2018. Pelo pacto anterior, a empresa teria que deixar o Equador em 2012.
A Repsol detém 35% de participação do Bloco 16, que produz cerca de 58 mil barris de petróleo por dia em parceria com a Murphy Oil Corp.
O governo do Equador está tentando alterar os contratos de todas as companhias estrangeiras que operam no país, transformando-os em contratos de prestação de serviços. O presidente Rafael Correa, que iniciou as negociações com as petrolíferas estrangeiras em janeiro, chegou a criticar a Repsol, que estaria reduzindo a produção de petróleo.
A chinesa Andes Petroleum e a Petrobras também assinaram acordos temporários com o governo equatoriano, que após um ano da assinatura serão transformados em contratos de prestação de serviços. Caso contrário, as companhias serão forçadas a deixar o país.
O Equador é o quinto produtor de petróleo da América do Sul, com 500 mil barris por dia.
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