Jornal do Commercio - PE
O presidente Rafael Correa prometeu nacionalizar um campo explorado pela estatal brasileira, caso empresa demore a renegociar o contrato. No mês passado, ele se envolveu em confusão com Odebrecht
QUITO - O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou anteontem nacionalizar um campo explorado pela Petrobras, que extrai 32.000 barris por dia de petróleo e expulsar a estatal brasileira do país, assim como fez com a construtora Odebrecht. “Se demorarem muito (a assinar a renegociação do contrato) nacionalizo este campo e vão embora do país. Não vamos agüentar atrasos de ninguém”, declarou Rafael Correa.
“Já basta”, acrescentou o presidente equatoriano, que se reuniu semana passada com o ministro das Minas e Petróleos, Galo Chiriboga, e com a equipe de renegociação com as empresas de petróleo estrangeiras, sobretudo a Petrobras. “Estão demorando muito, eu me reuni com a Petrobras e chegamos a um acordo muito claro, e estão demorando muito. Aqui ou cumprem as exigências do país ou se vão. Nós não estamos pedindo esmola. Estamos pedindo justiça, o que nos corresponde”, completou o presidente equatoriano.
Rafael Correa ordenou a renegociação dos contratos, que atualmente dão ao Estado 18% do petróleo, para que o país fique com toda a extração, em troca do pagamento dos custos de produção e uma margem de lucro às companhias de petróleo.
Também afirmou que se comprometeu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - com quem se reuniu na terça-feira passada em Manaus - a revisar o caso da Odebrecht, cujos bens no Equador foram embargados há duas semanas pelo não cumprimento de um contrato, enquanto quatro importantes obras a cargo da empresa passaram ao controle militar.
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