Apesar de conquistar o primeiro lugar no ranking do mercado de trabalho que mais ofereceu vagas no mês de janeiro deste ano, engenheiros acreditam que a carreira precisa de melhorias concretas para garantir mais aderência ao mercado. De acordo com o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) medidas como aumento salarial e benefícios precisam ser otimizados e implementados o quanto antes.
De acordo com levantamento divulgado pela Infomoney, 20,32% das vagas disponíveis no mercado no mês de janeiro foram para a carreira de engenharia. Hoje no Brasil o salário de um profissional da engenharia corresponde a nove salários mínimos. O SEESP acredita que incentivos para recém-formados e benefícios voltados à inclusão dos profissionais no mercado são essenciais para preencher o déficit de mão de obra atual.
Este ano, o sindicato pretende somar esforços com o conjunto do movimento sindical brasileiro, na luta por questões como a implementação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a demissão sem motivo, e a favor da redução da jornada sem redução salarial. “Se proporcionarmos uma carreira segura é mais fácil preencher as vagas disponíveis no mercado”, enfatiza Murilo Pinheiro, presidente do SEESP.
Além disso, o SEESP acredita ser imprescindível o estímulo para a atualização, qualificação e requalificação dos engenheiros. Para isso, a entidade criou o Instituto Superior de Inovação Tecnológica (Isitec), que tem previsão de inauguração em 2012. Com o objetivo de oferecer aos estudantes um ensino de excelência, focado na inovação, o instituto vai proporcionar cursos de graduação e pós-graduação, e terá parcerias internacionais com o intercâmbio de conhecimento entre países como Brasil e Alemanha.