Economia

Eike tenta vender parte de ações da MPX

Empresário possui 50,14% da empresa.

Valor Econômico
19/02/2013 13:07
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O empresário Eike Batista decidiu colocar à venda pelo menos parte de sua participação na MPX, empresa de energia de seu grupo EBX. Nas últimas semanas, sondou algumas grandes gestoras de recursos para avaliar o interesse delas em comprar ações que possui na companhia.
A intenção do empresário era fazer a venda rapidamente, por meio de um leilão na bolsa de valores ("block trade"). Eike possui, na pessoa física, 50,14% da MPX, equivalentes a cerca de R$ 3 bilhões e deixará o controle da empresa. Outros 3,8% da companhia estão concentrados por ele via fundos de investimento.
Se colocasse parte relevante dessa fatia à venda na bolsa, ela representaria uma forte pressão de queda para as ações. A desvalorização poderia afetar os recursos que ele próprio levantaria com a operação. Por essa razão, o empresário consultou alguns investidores, em busca de âncoras para concretizar o negócio.
A intenção era buscar compradores que ficariam com as ações a um preço mais próximo das cotações atuais de mercado. A opção pelo "block trade", e não por uma oferta pública secundária de ações, se justifica pelo fato de a primeira ser uma medida mais rápida do que a realização de uma oferta, que depende de análises da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e também de apresentações a investidores. Logo, o peso de venda de quantidade relevante de ações ficaria mais tempo influenciando negativamente as cotações. Mas o fato de buscar uma solução mais rápida, não significa que o empresário está disposto a vender ações a qualquer preço.
Durante a sondagem às gestoras, algumas casas que já foram parceiras de Eike manifestaram interesse em participar do negócio; outras ressaltaram que entrariam no leilão, mas a preços de mercado; e houve aquelas que aproveitaram para montar posições vendidas (apostando na queda) das ações, já à espera do leilão. Procurada pelo Valor, a EBX não concedeu entrevista.
A sócia alemã E.ON, hoje com 11,74% da MPX, seria uma das âncoras, pelo desenho da operação. Já há alguns meses circulam rumores no mercado de que a E.ON compraria o controle da MPX. No entanto, a alemã não teria levado a operação adiante pois teria de pagar o prêmio de controle aos acionistas minoritários e, ainda, consolidar em seu resultado as dívidas da MPX. No terceiro trimestre de 2012, último dado disponível, a dívida líquida da empresa era de R$ 4,6 bilhões.
Se Eike deixasse o controle da empresa em uma venda por meio de um leilão, que transformasse a MPX em uma empresa de capital pulverizado no mercado, poderia haver um debate sobre a necessidade ou não de pagamento do prêmio de controle.
No fim de semana, a revista "Veja" informou que Eike colocou o controle da MPX à venda e que a E.ON tem a preferência para a compra. As ações da MPX, em tese, deveriam reagir em alta à espera do prêmio que costuma ser atribuído às cotações nessas operações. No entanto, os papéis encerraram o pregão de ontem em queda de 1,64%, a R$ 10,22.
É a segunda vez, em poucos dias, que a MPX ganha destaque no mercado. Na semana passada, havia circulado outro rumor de que haveria oferta para fechamento de capital da companhia. Normalmente, nesses casos, o preço das ações costuma subir. Por isso, alguns analistas veem com ceticismo toda essa movimentação da companhia. Além da venda das ações do controlador, o mercado especula que a empresa precisará captar R$ 1 bilhão para engordar o seu caixa.

O empresário Eike Batista decidiu colocar à venda pelo menos parte de sua participação na MPX, empresa de energia de seu grupo EBX. Nas últimas semanas, sondou algumas grandes gestoras de recursos para avaliar o interesse delas em comprar ações que possui na companhia. A intenção do empresário era fazer a venda rapidamente, por meio de um leilão na bolsa de valores ("block trade"). Eike possui, na pessoa física, 50,14% da MPX, equivalentes a cerca de R$ 3 bilhões e deixará o controle da empresa. Outros 3,8% da companhia estão concentrados por ele via fundos de investimento.


Se colocasse parte relevante dessa fatia à venda na bolsa, ela representaria uma forte pressão de queda para as ações. A desvalorização poderia afetar os recursos que ele próprio levantaria com a operação. Por essa razão, o empresário consultou alguns investidores, em busca de âncoras para concretizar o negócio. A intenção era buscar compradores que ficariam com as ações a um preço mais próximo das cotações atuais de mercado. A opção pelo "block trade", e não por uma oferta pública secundária de ações, se justifica pelo fato de a primeira ser uma medida mais rápida do que a realização de uma oferta, que depende de análises da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e também de apresentações a investidores. Logo, o peso de venda de quantidade relevante de ações ficaria mais tempo influenciando negativamente as cotações. Mas o fato de buscar uma solução mais rápida, não significa que o empresário está disposto a vender ações a qualquer preço.


Durante a sondagem às gestoras, algumas casas que já foram parceiras de Eike manifestaram interesse em participar do negócio; outras ressaltaram que entrariam no leilão, mas a preços de mercado; e houve aquelas que aproveitaram para montar posições vendidas (apostando na queda) das ações, já à espera do leilão. Procurada pelo Valor, a EBX não concedeu entrevista.


A sócia alemã E.ON, hoje com 11,74% da MPX, seria uma das âncoras, pelo desenho da operação. Já há alguns meses circulam rumores no mercado de que a E.ON compraria o controle da MPX. No entanto, a alemã não teria levado a operação adiante pois teria de pagar o prêmio de controle aos acionistas minoritários e, ainda, consolidar em seu resultado as dívidas da MPX. No terceiro trimestre de 2012, último dado disponível, a dívida líquida da empresa era de R$ 4,6 bilhões.


Se Eike deixasse o controle da empresa em uma venda por meio de um leilão, que transformasse a MPX em uma empresa de capital pulverizado no mercado, poderia haver um debate sobre a necessidade ou não de pagamento do prêmio de controle.


No fim de semana, a revista "Veja" informou que Eike colocou o controle da MPX à venda e que a E.ON tem a preferência para a compra. As ações da MPX, em tese, deveriam reagir em alta à espera do prêmio que costuma ser atribuído às cotações nessas operações. No entanto, os papéis encerraram o pregão de ontem em queda de 1,64%, a R$ 10,22.


É a segunda vez, em poucos dias, que a MPX ganha destaque no mercado. Na semana passada, havia circulado outro rumor de que haveria oferta para fechamento de capital da companhia. Normalmente, nesses casos, o preço das ações costuma subir. Por isso, alguns analistas veem com ceticismo toda essa movimentação da companhia. Além da venda das ações do controlador, o mercado especula que a empresa precisará captar R$ 1 bilhão para engordar o seu caixa.

 

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