A EDP no Brasil, empresa do grupo EDP Energias de Portugal, encerrou o primeiro trimestre de 2010 com lucro líquido totalizando R$ 139 milhões, uma elevação de 18% em comparação ao mesmo período de 2009. Neste trimestre, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) chegou a R$ 356 milhões, 4,7% superior ao obtido em igual período do ano anterior.
Para o presidente do Grupo EDP no Brasil, António Pita de Abreu, esse resultado deve-se não só à recuperação do volume de energia distribuída, mas também aos efeitos positivos do Programa Vencer que a Empresa vem implementando desde o final de 2008. “Com a visível retomada da economia após a crise mundial, o segmento industrial voltou à sua produção, o que claramente contribuiu para a melhoria do segmento. Além disso, a EDP tem desenvolvido um Programa de Transformação, cujo impacto está refletindo nitidamente no nosso desempenho”, afirma.
Contribuíram também para essa melhora do cenário o aumento do consumo das classes residencial e comercial em razão das altas temperaturas, além da elevação das irrigações devido à falta de chuva no estado do Espírito Santo, área de concessão da distribuidora EDP Escelsa. De janeiro a março deste ano a receita líquida do grupo somou R$ 1, 2 bilhão, 10,1% superior à receita obtida no mesmo trimestre de 2009.
Os gastos gerenciáveis tiveram acréscimo 1,5% neste período em comparação a 2009, quando a inflação registrou uma subida de 2,7% (IGP M) e 2,06% (IPCA). Este pequeno aumento é traduzido pelos custos maiores com serviços de terceiros decorrentes de um pico de atividades associadas ao atendimento a situações emergenciais, em particular no estado de São Paulo.
Os investimentos no período totalizaram R$ 102,8 milhões, queda de 14% em comparação a igual trimestre de 2009. A composição do Capex está distribuída entre as áreas de negócio de distribuição (51%), geração (42%) e outros (7%).
Para Pita de Abreu, alguns acontecimentos favoreceram o bom desempenho dos resultados financeiros da Companhia neste primeiro trimestre e também mantém a operação como uma das mais bem sucedidas do setor.
”Temos uma operação saudável do ponto de vista financeiro e com políticas bem estabelecidas sob a óptica da sustentabilidade. Estes pontos garantem a nossa competitividade no mercado e o compromisso com uma operação eficiente sob todos os aspectos, tanto no retorno aos acionistas como na qualidade da prestação de um serviço de primeira necessidade para o País”, finaliza o presidente.
Alguns fatores, ocorridos neste trimestre, legitimam o bom momento da Empresa. Entre eles estão renovação da Licença de Operação da UHE Lajeado, localizada em Tocantins; e a assinatura do contrato com o Banco Europeu de Investimento (BEI) no valor de até 90 milhões de euros para as duas distribuidoras do Grupo.
Neste período a operação de financiamento de Energia Pecém foi premiada pela publicação Euromoney como Latin Power Deal of the Year e as distribuidoras do Grupo receberam elevação de ratings pela instituição Standard & Poor`s.
Outro destaque do trimestre foi o início da construção do Parque Eólico Tramandaí, parceria EDP no Brasil (45%) e EDP Renováveis (55%), localizado no Rio Grande do Sul, com 70 megawatts de capacidade instalada e que deverá estar concluído até final de 2010.