Indústria Naval

Edital da Transpetro impulsiona crescimento, diz executivo do setor naval

O vice-presidente do estaleiro Akker Promar, Waldemiro Arantes Filho, discorda do secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, e acredita que a permissão do edital da Transpetro para a participação de estaleiros que ainda não estão instalados no país é um impulso ao cr


26/11/2004 02:00
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O vice-presidente do estaleiro Akker Promar, Waldemiro Arantes Filho, discorda do secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, e acredita que a permissão do edital da Transpetro para a participação de estaleiros que ainda não estão instalados no país é um impulso ao crescimento da indústria naval brasileira. Victer acredita que o edital publicado pela Transpetro nesta quinta-feira (25/11) abre a possibilidade de favorecimento a grupos de fora do setor interessados em participar da licitação.
O Akker Promar está esperando a licença ambiental para começar a construção de um grande estaleiro no Rio Grande do Sul com capacidade para a construir navios até o porte de um Suezmax, na primeira fase. O segundo período de construção será para capacitar o estaleiro para receber encomendas de plataformas offshore. O valor do empreendimento é de US$ 150 milhões, US$ 80 milhões na primeira fase e US$ 70 milhões na segunda.
O objetivo do estaleiro é participar da atual licitação da Transpetro e, segundo Arantes, não há nenhum problema de prazo para que a nova instalação consiga entregar os navios a tempo. "O estaleiro vai ficar pronto em 18 meses e antes de começar a construção de um navio há muito trabalho de projeto de engenharia e compra de material, que independe da conclusão das instalções", explica e acrescenta: "se ganhamos alguma concorrência, enquanto esses trabalhos são feitos, nós vamos terminando o estaleiro, isso já está no cronograma."
Na opinião do executivo, ao permitir que empresas que ainda não tenham seus estaleiros prontos possam participar da licitação, o edital corrobora para a ampliação da atividade naval no país. "Entendo que o Victer queira levantar a bandeira do Rio como estado da construção naval, mas ele não pode achar que outras empresas não podem construir estaleiros onde quiserem. É como a indústria automobilística de São Paulo, que se expandiu e foi salutar", analisa Arantes.
O executivo avalia, ainda, que mesmo os estaleiros já instalados terão que passar por reformas profundas para atenderem às novas encomendas de forma competitiva. "O nível de automação deveria chegar pelo menos à metade do que é aplicado na Coréia e no Japão", afirma.
O estaleiro gaúcho do Grupo Akker está com o projeto e orçamento prontos, e aguarda apenas a liberação da licença ambiental para o início da construção. Arantes acredita que até o final de janeiro de 2005 o projeto estará em andamento. O financiamento será do Fundo da Marinha Mercante (FMM) sob administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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