Internacional

Dólar volta a cair; petróleo e Bolsas sobem após eleição nos EUA

Fonte: Valor Econôm
04/11/2004 02:00
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Os principais mercados financeiros do mundo reagiram positivamente nesta quarta-ferira (03/11) à reeleição do presidente George W. Bush nos EUA. O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, registrou alta de 1,01%, para 10.137,05 pontos. Já o índice Standard & Poor`s 500 subia 1,12%, para 1.143,20 pontos. O Nasdaq, que reúne papéis de tecnologia, registrava valorização de 0,98%, a 2.004,33 pontos.
"O alívio para os mercados é que temos uma decisão e podemos caminhar para a frente", disse Tim Ghriskey, diretor de investimentos do Solaris Asset Management. Os investidores temiam que o resultado fosse inconclusivo, levando à repetição da disputa judicial que marcou o pleito de 2000.
A reeleição de Bush é vista pelos investidores como um evento mais favorável aos negócios do que uma eventual vitória democrata, além de transmitir mais segurança ao mercado com a perspectiva de continuidade da política atual. O fato de a eleição ter se resolvido mais rapidamente do que em 2000 também foi comemorado.
As ações de empresas farmacêuticas e do setor de defesa foram mais beneficiadas por essa percepção. Antes mesmo da abertura em Wall Street, os papéis do setor na Europa já apontavam essa tendência, pois o mercado acredita que a vitória de Bush reduz a ameaça de imposição de corte de preços. A Pfizer, maior farmacêutica do mundo, teve suas ações cotadas ontem a US$ 30,02, alta expressiva de 4,6%. A Lockheed Martin, gigante americana de defesa, e a Raytheon, que fabrica mísseis, também ganharam. Já ações de empresas de biotecnologia caíram pois a pesquisa com células-tronco não terá incentivos do governo.
"Bush é visto como um candidato melhor para lucros, então as ações estão em alta. Mas aqui entre nós, eu não acho que haveria muita diferença nas perspectivas econômicas, quem quer que fosse eleito", disse Ken Mayland, presidente da Clearview Economics in Pepper Pike, em Ohio.
As bolsas de valores internacionais também registram alta ontem. Em Londres, o índice FT100 fechou a 4.718,50 pontos, com alta de 0,54%. Em Frankfurt, o DAX fechou a 4.039,04, alta de 0,04%, e o CAC 40, em Paris, fechou a 3.769,93, alta de 0,11%.
As bolsas asiáticas, em igual tendência de alta, registraram ontem os maiores ganhos em seis meses. Em Taiwan, a bolsa subiu 1,8%, em Seul, 1,8%, e e em Sidney, 0,9%.
No mercado cambial, o dólar sofreu nova desvalorização ontem em relação ao euro e ao iene. A queda da moeda americana foi de 0,18% em relação ao iene e de 0,6% em relação à moeda européia.
Os títulos do Tesouro americanos tiveram alta ao longo do dia, na medida em que os investidores mostraram tendência de compra com a vitória de Bush, mas fecharam em queda na esteira da alta do petróleo. O rendimento do título de dez anos fechou a 4,07% ao ano frente aos 4,06% de terça-feira.
No mercado de commodities, o preço do barril do petróleo negociado nos mercados internacionais, que havia ensaiado uma queda com a divulgação de aumento nos estoques nos EUA, voltou a subir no fim da tarde com a confirmação de Bush na Presidência.
O petróleo tipo Brent, negociado em Londres, fechou ontem a US$ 47,56 o barril, com alta de US$ 1,01 por barril. Em Nova York, o WTI terminou o dia cotado a US$ 50,88, alta de US$ 1,26 por barril.
Analistas interpretam um segundo mandato de Bush como uma continuidade das incertezas no Oriente Médio e do aumento da demanda por petróleo.

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